Pela primeira vez em 30 anos o judô brasileiro não está entre os favoritos

Pela primeira vez em 30 anos o judô brasileiro não está entre os favoritos

Brasil briga pelo ouro em seis modalidades, e entre as promessas de pódio há grande expectativa pelo skate e pelo surf, categorias inéditas em Olimpíadas

Fonte Globo Esporte
22 de julho de 2021 / Curitiba (PR)

Há cinco anos, nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, o Time Brasil atingiu a marca de 19 medalhas, sendo sete ouros, seis pratas e seis bronzes. O grande objetivo da delegação que partiu para Tóquio no mês de julho é aumentar esse número – feito que, segundo o Termômetro Olímpico do portal GE, será alcançado.

Pesquisa feita pela Gracenote, empresa subsidiária da Nielsen, projeta que o Time Brasil pode ganhar 20 medalhas em Tóquio 2020. Contudo, mesmo sendo favorito em algumas categorias, prevê-se que a delegação brasileira volte com menos ouros para casa: seis, contra sete em 2016.

Duas categorias em que o Brasil tem hegemonia foram incluídas nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020: skate e surf. A expectativa é que ambas tragam medalhas e, mais do que isso, que sejam de ouro.

Os favoritos à medalha de ouro

De acordo com a avaliação de Guilherme Costa, do GE, Gabriel Medina, do surf, é o brasileiro com as melhores chances de medalha em Tóquio. Ele foi campeão da World Surf League (WSF) duas vezes, conseguiu o vice-campeonato da mesma competição em 2019 e ficou em terceiro lugar no Mundial da Internacional Surfing Association (ISA).

Pâmela Rosa, do skate, também é uma das grandes favoritas para o jornalista. Ele aponta a consistência da atleta nas competições em 2019, quando foi top 3 em praticamente todas as disputas. Ela foi a campeã mundial nesse mesmo ano.

A equipe de vôlei masculina, que tem imensa tradição em Jogos Olímpicos, foi vice-campeã no Campeonato Mundial de 2018 e campeã na Copa do Mundo de 2019. Além disso, atualmente é a número 1 no ranking masculino da Fédération Internationale de Volleyball.

Beatriz Ferreira é, segundo Guilherme Costa, o principal nome do boxe neste ciclo olímpico. Detentora do título mundial de 2019 na categoria até 60kg, ela também conquistou a medalha de prata no Pan-Americano de Boxe e o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, ambos em 2019.

A canoagem tem como principal representante Isaias Queiroz, que conquistou três medalhas no Rio 2016. Além disso, ele foi campeão mundial em 2019 na prova de C1 1000 m, que funcionou como uma prévia das Olimpíadas de Tóquio. Ele é favorito tanto na prova individual quanto em duplas.

Martine e Kahena são as atuais campeãs olímpicas e chegam em Tóquio 2020, após os cinco anos que separaram uma Olimpíada da outra, com um quarto lugar no Mundial de 2018, o Troféu Princesa Sofia e o primeiro lugar no evento-teste para os Jogos Olímpicos, em 2019.

Para fechar o top 12 de Guilherme Costa, entram outras seis categorias que, apesar de não serem as favoritas à medalha de ouro, têm grandes chances de conquistar, pelo menos, uma de prata ou uma de bronze.

Os favoritos ao pódio

Ítalo Ferreira, ao lado de Medina, é uma das grandes promessas do Brasil no surf. Ele terminou a temporada de 2019 como campeão do Circuito Mundial, além de ter sido o primeiro colocado no Mundial da ISA, no mesmo ano.

A atleta mais nova a integrar o Time Brasil é Rayssa Leal, que aos 11 anos foi vice-campeã no Campeonato Mundial de Skate de 2019. Hoje, aos 13, é promessa de medalha em Tóquio 2020 numa das categorias mais concorridas dos Jogos Olímpicos.

Ágatha e Duda, dupla do vôlei de praia, são as campeãs do Circuito Mundial de 2018 e do Finals desse mesmo ano. Ágatha é a mais experiente da dupla e conta com uma medalha de prata olímpica no currículo, enquanto Duda foi eleita a melhor do mundo em sua categoria em 2019.

Na natação, Bruno Fratus foi vice-campeão em Gwangju, na Coreia do Sul, em 2019. Esteve nas finais olímpicas de Londres 2012, quando ficou em quarto lugar, e no Rio 2016, em que ficou em sexto lugar.

E, ainda nos esportes aquáticos, Ana Marcela Cunha, da maratona aquática, desponta como uma favorita ao pódio olímpico por ter conquistado o quinto lugar na prova de 10 km do Mundial da Coreia do Sul, em 2019. Ela foi vencedora de cinco etapas do Circuito Mundial no mesmo ano.

Fechando a lista dos doze primeiros colocados definidos pelo jornalista Guilherme Costa, entra a seleção masculina de futebol. A projeção foi justificada pela convocação do time brasileiro, que tem como principal adversário a Espanha.

Judô é uma incógnita

O judô, modalidade olímpica que mais medalhas conquistou para o Brasil até hoje, atravessa um momento crítico, com diversos problemas na gestão que repercutem negativamente na área técnica.

Com exceção do peso pesado Rafael Silva (+100kg), que tem apresentado bom rendimento, os principais nomes da modalidade apresentam problemas. Rafaela Silva (57kg), atual campeã olímpica, ficou fora dos jogos. Mayra Aguiar (78kg) está voltando de longo período de recuperação no pós-operatório.

Os demais atletas são medianos, mas desde que a modalidade ingressou no programa olímpico houve muitas boas surpresas nos jogos. Nomes como Daniel Cargnin (66kg), Eduardo Yudy (81kg), Rafael Macedo (90kg), Larissa Pimenta (52kg), Ketleyn Quadros (63kg), Maria Portela (70kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg) podem surpreender e chegar ao pódio.

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