Resultados do primeiro Iº Congresso de Administração Pública e Privada do Esporte motivam gestores, acadêmicos e profissionais do esporte a alinhar perspectivas e propostas para ampliar o alcance da próxima edição, prevista para 2025.
Por Paulo Pinto / Global Sports
18 de dezembro de 2024 / Curitiba, PR
O I Congresso de Administração Pública e Privada do Esporte, promovido pela Associação de Secretários de Esporte e Lazer de São Paul (Asemesp) estabeleceu um divisor de águas na gestão esportiva brasileira ao reunir líderes, gestores, acadêmicos e profissionais do esporte para debater práticas, políticas e estratégias inovadoras. Realizado em São Paulo, o evento destacou a integração entre os setores público e privado como um alicerce para o fortalecimento do esporte em todas as suas dimensões.
Nas duas reportagens publicadas anteriormente, exploramos os principais destaques e os impactos do congresso. A primeira, intitulada Congresso de Administração Pública e Privada do Esporte marca novo capítulo na gestão do desporto paulista, abordou os temas discutidos, a qualidade dos palestrantes e a relevância do evento para o esporte nacional. Já a segunda reportagem, Secretários municipais avaliam I Congresso de Administração Pública e Privada do Esporte positivamente, trouxe a percepção de gestores públicos que participaram do congresso, evidenciando os resultados e benefícios práticos da iniciativa.
Esta nova reportagem busca não apenas registrar mais experiências dos profissionais presentes no primeiro encontro, mas também identificar sugestões e estratégias que possam otimizar e expandir o impacto da segunda edição, prevista para 2025.
A ideia é utilizar o olhar e a expertise de especialistas, dirigentes e ex-atletas para aprimorar o congresso, garantindo que ele continue a ser um espaço de troca, inovação e avanço na gestão esportiva.
Sugestões da área acadêmica
A professora Katia Alessandra Gonçalves, coordenadora dos cursos de engenharia TI, computação e design da Universidade Anhembi Morumbi, considera a apresentação do professor doutor Luiz Delphino um dos pontos altos do primeiro congresso, pela defesa da municipalização do esporte escolar.
“Ele demonstrou a importância de promover programas adequados às realidades locais, aumentando o engajamento dos alunos. Além disso, ressaltou os benefícios desse modelo, como a melhora da infraestrutura, a capacitação de profissionais, a inclusão e a descoberta de talentos, apoiados por exemplos concretos de sucesso”, explicou.
Para aprimorar a próxima edição, a professora Katia sugere a inclusão de painéis temáticos interativos, workshops e estudos de caso sobre boas práticas. “Focar em sustentabilidade, políticas públicas inclusivas e inovação tecnológica pode enriquecer as discussões, assim como ações estruturadas de networking e participação de atletas ampliariam a troca de experiências. Além disso, premiar projetos inovadores e oferecer um acompanhamento pós-evento sedimentariam o impacto do congresso.” Ela considera importante, ainda, investir em divulgação e transmissão do evento online.
Entre os novos tópicos ou áreas de interesse que poderiam ser incluídos Katia enumera: inovação tecnológica no esporte, com o uso de Inteligência Artificial e realidade aumentada; práticas sustentáveis em eventos e instalações esportivas; diversidade e acessibilidade; valorização das culturas locais, exploração de novos mercados e modelos de monetização (planejamento de megaeventos esportivos, uso de blockchain); e integração do esporte com saúde pública e educação, destacando seu papel na prevenção de doenças e no desenvolvimento integral dos jovens.
Sobre o formato dos próximos congressos, a professora Katia chama atenção para as oportunidades de networking, propondo sessões de matchmaking e rodadas de negócios, além de lounges temáticos e eventos sociais informais. “Um aplicativo poderia facilitar conexões entre os participantes, enquanto workshops e mentorias rápidas promoveriam interações produtivas. Atividades em forma de jogos contribuiriam para incentivar mais engajamento dos participantes, criando um ambiente dinâmico e participativo.”
Doutora em engenharia elétrica na área de microeletrônica pela Universidade de São Paulo (USP), com graduação em engenharia de materiais e licenciatura em matemática, Katia Alessandra Gonçalves acumula ampla experiência em gestão acadêmica, destacando-se como especialista em planejamento e gestão de cursos superiores, projetos multidisciplinares, liderança de equipes, desenvolvimento de soluções acadêmicas inovadoras e formulação de aulas e palestras presenciais e virtuais.
Para o professor Ivan Wallan Tertuliano, pós-doutor em desenvolvimento humano e tecnologias e conselheiro do CREF4/SP, a troca de experiências e o compartilhamento de informações foram o grande diferencial do I Congresso de Administração Pública e Privada do Esporte.
“Esse aspecto permitiu que secretários e diretores, por meio de seminários, fóruns e visitas técnicas, se atualizassem sobre boas práticas e estratégias eficazes na gestão esportiva. Além disso, o congresso enfatizou a importância de construir parcerias público-privadas e usar as leis de incentivo para superar desafios financeiros e garantir a implementação de programas de qualidade.”
Tal colaboração entre diferentes entidades do setor esportivo e a possibilidade de aprender com casos bem-sucedidos mostra-se fundamental para o desenvolvimento de soluções inovadoras que transformem a gestão esportiva nas cidades e melhorem a vida dos munícipes, na avaliação do professor Ivan.
Já em relação à próxima edição do congresso, ele aponta dois eixos principais que poderiam ser desenvolvidos: inovações tecnológicas e inclusão social. Ele sugere, por exemplo, palestras e discussões sobre o uso de tecnologias no esporte, como gestão de dados, monitoramento de desempenho, plataformas digitais para incentivar a prática esportiva e o uso de Inteligência Artificial para otimização de recursos e planejamento de programas.
Quanto à inclusão social no esporte, seriam importantes programas voltados para pessoas com deficiência e a valorização da Educação Física como ferramenta de transformação social, alinhando melhor a teoria à prática.”
Gestão sustentável, outra das sugestões do professor Ivan, consiste em promover discussões sobre práticas sustentáveis na administração esportiva, como utilização de recursos naturais de forma responsável, redução de desperdícios em eventos e implementação de projetos ecológicos nos centros esportivos.
Não poderiam ficar de fora, ainda, palestras e painéis sobre a importância da saúde mental no esporte, abordando como prevenir e tratar o estresse, a pressão e outras questões emocionais que afetam tanto atletas quanto gestores e outros envolvidos nas atividades esportivas.
Para ampliar as oportunidades de networking durante o congresso, Ivan propõe sessões de networking temáticas com base em interesses específicos – como parcerias público-privadas, inovações tecnológicas no esporte e inclusão social – permitindo que os participantes se conectem de maneira mais direcionada e produtiva.
Mentorias e consultorias rápidas seriam prestadas numa área onde participantes possam agendar sessões curtas com especialistas da área esportiva, facilitando o compartilhamento de conhecimentos práticos e o estabelecimento de novas parcerias.
Essas estratégias, segundo o professor Ivan, criariam um ambiente mais dinâmico e favorável a conexões profissionais e trocas de experiências que impactem diretamente o futuro da gestão esportiva no País.
Além de doutor e pós-doutor em desenvolvimento humano e tecnologias, o professor Ivan Wallan Tertuliano é mestre em Educação Física, com licenciatura plena, e professor da Universidade Anhembi Morumbi e secretário de relações acadêmicas da Asemesp.
Propostas dos gestores públicos
Herbert Félix, ex-secretário de Esporte do Distrito Federal, destacou a relevância do I Congresso de Administração Pública e Privada do Esporte para fomentar discussões estratégicas e conscientizar as autoridades sobre a importância da organização esportiva em diferentes segmentos. “Além disso, foi uma oportunidade valiosa para troca de experiências e interação entre os congressistas, mostrando como os esportes podem contribuir para o desenvolvimento da saúde física e mental, além de gerar benefícios econômicos, sociais e morais.”
A inclusão de tópicos relacionados à gestão internacional é uma das sugestões do executivo para a próxima edição do congresso. “Essa abordagem seria de grande valia para aprofundar as discussões e ampliar o impacto do evento”, apontou Félix, que é mestre em educação e coordenador geral do Congresso Internacional de Capacitação de Gestores do Esporte.
Weriston Baldini de Souza, secretário de Esporte de Caieiras, mencionou a convergência de ideias e práticas inovadoras como o ponto alto do I Congresso de Administração Pública e Privada do Esporte. “Cito, especialmente, as discussões sobre estratégias de financiamento sustentável e a apresentação de casos de sucesso que evidenciaram a importância de uma administração eficiente para o desenvolvimento do esporte como ferramenta de inclusão social, promoção da saúde e crescimento econômico.”
Além disso, na opinião de Souza, o evento proporcionou um espaço único para networking entre gestores, acadêmicos e profissionais da área, fomentando parcerias estratégicas e colaborativas. “A abordagem interdisciplinar e o alto nível dos palestrantes consolidaram o congresso como um marco para a integração entre os setores público e privado no planejamento esportivo, fortalecendo a visão de que o esporte pode ser gerido com excelência e responsabilidade social.”
Para as futuras edições, Weriston propõe incluir temas emergentes como esportes eletrônicos (eSports), sustentabilidade em eventos esportivos e a utilização de tecnologia e dados na gestão esportiva. Outras ações importantes, segundo ele, seriam garantir representatividade regional e cultural, ampliando a diversidade de perspectivas; oferecer workshops práticos sobre captação de recursos, gestão de eventos e planejamento estratégico e criar uma plataforma digital para conectar participantes antes, durante e após o evento, além de manter um canal ativo de comunicação com a comunidade de gestores esportivos ao longo do ano, utilizando webinars ou newsletters.
Na visão de Weriston – formado em Educação Física, pós-graduado em fisiologia do exercício e MBA em gestão pública e projetos – novos tópicos como a inclusão de atletas com transição de sexo, o fortalecimento do esporte educacional, o futuro dos Jogos Regionais do Estado de São Paulo e a escuta mais ativa dos municípios pelo governo estadual poderiam enriquecer o próximo congresso.
Marcos da Silva Faria, secretário municipal de Esporte e Lazer de Piquete, disse que o I Congresso de Administração Pública e Privada do Esporte foi uma oportunidade de enorme valor para gestores esportivos de cidades menores, como Piquete, entenderem como práticas inovadoras podem ser adaptadas às realidades locais. “Eventos como esse nos ajudam a alinhar nossas iniciativas às demandas específicas da comunidade, ampliando o alcance e o impacto das ações esportivas.”
Ele também ressaltou a troca de experiências. “Dialogar com outros secretários, gestores e especialistas da área nos dá novas perspectivas e soluções criativas para os desafios que enfrentamos no dia a dia. O aprendizado compartilhado foi, sem dúvida, uma das maiores contribuições do congresso.”
A inclusão de painéis voltados para o desenvolvimento esportivo em cidades de pequeno porte e a criação de redes de apoio para gestores municipais seriam extremamente valiosas para os próximos congressos, segundo o secretário. “Mais do que discutir ideias, precisamos fortalecer conexões entre os municípios para que possamos compartilhar recursos e conhecimentos. O esporte é um caminho poderoso para a transformação social, e eventos como este reforçam nossa capacidade de liderar essa mudança”, concluiu.
Para Vitor Hugo Tavares, secretário de Esporte de Sorocaba, a qualidade dos palestrantes, o networking e as ideias para inovar as gestões municipais foram os principais aspectos positivos do I Congresso de Administração Pública e Privada do Esporte.
Como sugestão para aprimorar futuras edições, o secretário propõe uma reformulação no formato do evento. “Poderia ser realizado em dois dias, com palestras no período da manhã e, se possível, visitas técnicas à tarde a locais voltados ao esporte e à gestão.” E mencionou a importância de abordar tópicos específicos como o alto rendimento e as leis de incentivo ao esporte.
Sobre as oportunidades de networking, Tavares, que é graduado em Educação Física e pós-graduado em treinamento desportivo, elogiou a convivência proporcionada pelo evento.
Medalhistas olímpicos
Talmo Oliveira, técnico e campeão olímpico de vôlei nas Olímpiadas de Barcelona, em 1992,, ressaltou a qualidade e a pluralidade de ferramentas apresentadas como o grande destaque do I Congresso de Administração Pública e Privada do Esporte. “O evento proporcionou uma visão abrangente e acessível sobre como gestores podem aplicar estratégias eficazes para impulsionar o esporte em suas localidades.”
Como sugestão para as próximas edições, ele propõe atividades práticas que permitam aos participantes vivenciar e aplicar os conhecimentos adquiridos. “Uma experiência prática, por meio de simulações de utilização das ferramentas, seria uma forma de consolidar o aprendizado e torná-lo ainda mais impactante”, afirmou.
Para enriquecer o conteúdo do evento, Talmo sugeriu incluir debates sobre o comportamento humano na gestão. Ele enfatizou que compreender e gerenciar as dinâmicas humanas é um aspecto crucial para lideranças efetivas. Ele acha, ainda, que o congresso poderia explorar a gestão compartilhada entre agentes públicos como forma de promover uma atuação colaborativa e eficiente no setor esportivo.
Presença ilustre no I Congresso de Administração Pública e Privada do Esporte, Arthur Nabarrete Zanetti, primeiro latino-americano a conquistar uma medalha de ouro na ginástica artística em Jogos Olímpicos – Londres 2012 – e medalhista de prata no Rio 2016, destacou a relevância do encontro para o desenvolvimento e a profissionalização do esporte brasileiro.
“Eventos como este são fundamentais para consolidar o esporte como uma área cada vez mais profissional no Brasil. A qualidade da gestão é decisiva para o desenvolvimento de atletas e projetos esportivos, e reunir lideranças, especialistas e gestores abre caminhos para avanços reais”, afirmou.
Ele também sublinhou a importância de fortalecer a base do esporte nacional. “A profissionalização não deve acontecer apenas no alto rendimento, mas em todas as etapas, desde a formação de novos talentos até a gestão de clubes e federações. É esse trabalho estruturado que gera resultados consistentes e transforma o esporte numa ferramenta poderosa de inclusão e desenvolvimento”, concluiu Zanetti, reforçando a relevância de futuros congressos para o esporte do País.
Henrique Guimarães, medalhista de bronze nos Jogos de Atlanta 1996, recém-eleito presidente da Federação Paulista de Judô, acha que o primeiro congresso foi uma oportunidade única para refletir sobre as estratégias que têm funcionado na gestão pública e privada do esporte e como podem ter o impacto positivo ampliado em diferentes regiões do Brasil. “O evento conseguiu reunir lideranças importantes e abriu caminhos para iniciativas mais colaborativas e eficazes no desenvolvimento esportivo.
“Discutir formas mais eficientes de viabilizar o esporte em todas as suas dimensões, seja por meio de recursos públicos ou incentivos privados, é essencial para a evolução do setor e para que mais pessoas possam beneficiar-se dos valores que o esporte promove”, acrescentou.
Henrique destacou ainda a importância da inclusão no esporte como tema central. “Trazer palestrantes que abordem a inclusão por meio do esporte seria um grande avanço para o congresso. Precisamos mostrar como o esporte pode ser uma ferramenta para integrar diferentes públicos, incluindo pessoas com deficiência, jovens em situação de vulnerabilidade social e outros grupos que muitas vezes não têm acesso às práticas esportivas. Explorar casos de sucesso e estratégias concretas para promover a inclusão seria extremamente enriquecedor para os participantes.”
Incluir mais dirigentes esportivos no evento, segundo Henrique, é fundamental, pois eles estão na ponta do processo, fomentando o esporte em todas as suas formas, desde os projetos comunitários até o alto rendimento. “Criar espaços específicos para que esses gestores compartilhem suas experiências seria uma forma poderosa de fortalecer o ecossistema esportivo. Essa troca de vivências, alinhada a atividades direcionadas ao networking, pode gerar parcerias e iniciativas de grande impacto para o esporte nacional.”
Avaliações e sugestões de dirigentes
Nelson Leme, presidente do CREF4/SP, enfatizou a importância estratégica do I Congresso de Administração Pública e Privada do Esporte para o fortalecimento da gestão esportiva em âmbito nacional. “O congresso é um marco para a troca de conhecimentos e experiências entre profissionais de diferentes áreas, contribuindo para a construção de um esporte mais estruturado e acessível. A pluralidade de temas abordados e a qualidade dos palestrantes foram pontos altos, mostrando que o evento tem o potencial de ser uma referência no segmento”, assegurou.
Ele apontou, ainda, a necessidade de debates aprofundados sobre políticas públicas e incentivos que estimulem a prática esportiva em todas as faixas etárias e níveis sociais. “Precisamos discutir o esporte como uma ferramenta universal, promovendo saúde, inclusão e desenvolvimento humano por meio de iniciativas integradas e bem administradas.”
Para as próximas edições, o dirigente sugeriu incluir painéis que mostrem como tecnologia pode potencializar a gestão esportiva, melhorando o desempenho dos atletas e aumentando o engajamento das comunidades esportivas.
Nelson Leme recomendou ainda convidar expoentes da Educação Física e do fitness. “A Educação Física é o grande alicerce de toda e qualquer prática esportiva. É essencial que o congresso valorize a presença de profissionais e líderes desse segmento, além de representantes do setor de fitness, que também têm contribuído significativamente para a promoção da saúde e do bem-estar. Essa abordagem pode enriquecer as discussões e ampliar o alcance do evento, conectando ainda mais gestores e profissionais do esporte”, detalhou.
A presidente da Federação Paulista de Ginástica, Roseane Zanetti, elogiou especialmente a escolha dos temas e dos palestrantes no I Congresso de Administração Pública e Privada do Esporte. “As apresentações foram muito bem esplanadas e esclarecedoras, proporcionando um rico aprendizado para todos os participantes.”
Entretanto, ela gostaria que houvesse um tempo para perguntas e respostas ao final de cada apresentação. “Isso permitiria aos participantes esclarecerem dúvidas diretamente com os palestrantes, inclusive com os secretários de Esporte, potencializando o aproveitamento das discussões”, explicou.
Ainda em relação a futuras edições, Roseane referiu-se à necessidade de maior aprofundamento em temas como as leis de incentivo ao esporte e aos mecanismos para captação de patrocínios. Outro ponto ressaltado foi a busca por maior proximidade com órgãos responsáveis e canais de comunicação que possam oferecer suporte. “Isso nos ajudaria a esclarecer dúvidas e obter respostas para questões específicas de maneira mais eficiente”, finalizou.
Feedback importante
Mauzler Paulinetti, secretário-executivo da Asemesp e coordenador do I Congresso de Administração Pública e Privada do Esporte, destacou a relevância das contribuições dos participantes como um marco para a evolução do evento.
“Estamos muito satisfeitos com as avaliações positivas que recebemos”, declarou. “É gratificante saber que o congresso cumpriu seu papel de promover debates relevantes e fortalecer a gestão esportiva em nosso país. Acima de tudo, somos gratos pelas sugestões valiosas compartilhadas pelos participantes, que apontaram caminhos para que a segunda edição seja ainda mais assertiva e abrangente.”
Paulinetti enfatizou que as contribuições refletem a diversidade e riqueza de ideias trazidas pelo público, composto por gestores, dirigentes, acadêmicos e profissionais do esporte. “As propostas que recebemos nos ajudarão a moldar um evento que continue atendendo às necessidades dos profissionais que atuam na linha de frente do esporte. Estamos comprometidos em aprimorar o congresso para que ele se consolide como um verdadeiro catalisador de mudanças e avanços na gestão esportiva,” afirmou.
Ao encerrar, Mauzler reforçou a análise feita anteriormente pelo economista Fernando Vanin, secretário de Esportes de Campinas, sobre as palestras realizadas pelos representantes do Tribunal de Contas, que ele considerou um dos pontos altos do encontro.
“O impacto de realidade entre diferentes níveis de gestão e contextos regionalizados foi uma das grandes contribuições do congresso. As palestras ministradas pela equipe da Coordenadoria do Tribunal de Contas foram fundamentais,” afirmou Vanin.
Ele também destacou a abordagem inovadora trazida pelos palestrantes. “Há, tradicionalmente, um distanciamento entre o TCE/SP e os municípios, marcado pela dinâmica de fiscalizador e fiscalizado. No entanto, os representantes do tribunal apresentaram uma visão técnica com uma abordagem mais humanística, facilitando a compreensão da função do tribunal e dos entraves jurídicos e burocráticos enfrentados pelos gestores.”