Thalita Simplício conquista medalha de prata nos 400m rasos pela classe T11 do atletismo

Thalita Simplício conquista medalha de prata nos 400m rasos pela classe T11 do atletismo

Com o tempo de 56s80, a brasileira ficou atrás apenas da chinesa Liu Cuiging, que estabeleceu o novo recorde paralímpico com 56s25

Fonte UOL
28 de agosto de 2021 / Curitiba (PR)

Atual campeã mundial, a brasileira Thalita Simplício conquistou a medalha de prata nos 400m rasos da classe T11 (para deficientes visuais) nas Paralimpíadas de Tóquio. Na quinta raia, a brasileira e seu guia Felipe Veloso da Silva completaram a prova em 56s80. Esta foi a melhor marca pessoal da brasileira na distância. O ouro ficou com a chinesa Liu Cuiging (56s25), que estabeleceu um novo recorde paralímpico e defendeu com êxito o título obtido no Rio 2016. O bronze foi conquistado pela colombiana Angie Lizeth Pabon Mamian (57s46).

“Não tenho palavras para descrever todo esse momento que estou vivendo, tudo é apenas um sonho de uma garotinha que vem se realizando, com muito trabalho e muita dedicação para chegar até aqui. Não foi dessa vez o ouro, mas somos vice-campeões”, disse a medalhista.

Na reta final da prova, houve a sensação de que a chinesa teria sido puxada pelo seu guia, o que é irregular. “A gente recebeu a informação após a prova, mas há uma brecha de que o guia pode ocorrer meio corpo à frente. Mas, independentemente disso, a chinesa foi melhor. E não seria legal vencer por causa de um erro do guia”, afirmou Felipe.

Duas vezes vice-campeã paralímpica, Thalita ainda vai disputar os 100m e dos 200m em Tóquio © Wander Roberto / CPB

Thalita havia se classificado para a final na manhã de hoje pelo horário de Brasília. Ela terminou em primeiro lugar na sua bateria com o tempo 57s90. Melhorou a marca na final e conquistou a medalha de prata paralímpica. Com 24 anos, além do título mundial dos 400m no Mundial de 2019, Thalita também foi vice-campeã na prova dos 200m em Dubai, há dois anos. Em Tóquio, ela ainda vai participar das provas dos 100m e dos 200m, também pela classe T11.

Thalita nasceu com glaucoma. Ela tem baixa visão, mas, aos 12 anos, tornou-se totalmente cega. A atleta sempre praticou esportes: natação, karatê e goalball. Começou no atletismo aos 15 anos em um projeto do Comitê Paralímpico Brasileiro.

“Fizemos três tiros de 400m em 24h. Demos o nosso melhor na pista”, disse Thalita ao fim da prova. Esta foi a segunda medalha da atleta potiguar em Jogos Paralímpicos – ela também obteve a medalha de prata nos Jogos Rio 2016 (revezamento 4x100m).

“Fizemos o nosso melhor. Não pode ser uma desculpa, mas três tiros em 24 horas é muito doloroso. Demos o que a gente tinha, foi o melhor tempo pessoal. A gente só agradece”, concluiu o guia Felipe Veloso da Silva.

 

 

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