Skate brasileiro inicia ciclo de Paris 2024 no topo do ranking olímpico da World Skate

Skate brasileiro inicia ciclo de Paris 2024 no topo do ranking olímpico da World Skate

O domínio verde e amarelo é tão expressivo que na modalidade street feminina o Brasil detém a primeira, a segunda e a quarta colocações do WSR. Nas demais modalidades o País marca forte presença no top 10

Por Paulo Pinto e Helena Sbrissia / Global Sports
2 de outubro 2021 / Curitiba (PR)

Os Jogos de Tóquio 2020 foram a porta de entrada do skate para o esporte olímpico, depois que o comitê executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou em 2016 a inclusão das modalidades street e park no programa olímpico. E já na estreia da modalidade no maior evento esportivo do planeta o Brasil marcou presença no pódio conquistado nada menos que três medalhas de prata com Kelvin Hoefler e Rayssa Leal, na categoria street, e Pedro Barros na modalidade park.

Passado o entusiasmo olímpico, as competições do calendário anual da World Skate recomeçaram e o skate brasileiro seguiu seu caminho rumo ao topo, destacando-se nas duas modalidades olímpicas nos naipes feminino e masculino rumo a Paris 2024.

Dora Varella na final do Skate Park © Miriam Jeske / COB

Na categoria street feminina, o Brasil predomina no World Skate Ranking: o top 10 é liderado pela dobradinha Pâmela Rosa e Rayssa Leal, enquanto Leticia Bufoni aparece na quarta colocação e Virgínia Fortes Águas completa a presença brasileira na décima colocação.

Aos 22 anos, Pâmela Rosa acumula uma série de títulos mundiais na carreira. Em 2014 e 2015 a skatista paulistana foi medalhista de prata nos X Games de Austin, e em 2016 foi campeã na mesma competição em Austin e em Oslo. Quando realizada na Noruega, ela foi bronze em 2018 e prata em 2019. Além disso, Pâmela conquistou o ouro no Campeonato Mundial de Skate, em São Paulo, em 2019, mesmo ano em que foi campeã no Street League Skateboarding, em Londres.

Em Tóquio, Luiz Francisco disputa a fase classificatória do skate park © Gaspar Nóbrega / CO

Rayssa Leal, a Fadinha, encantou o mundo em 2021 quando, com apenas 13 anos, conquistou a medalha de prata em Tóquio. Antes disso, porém, já conhecia muito bem o sabor da vitória. Foi medalha de prata no Campeonato Mundial de Skate de São Paulo em 2019 e, no mesmo ano, campeã no SLS etapa de Los Angeles. Em 2021 conseguiu a medalha de bronze no Campeonato Mundial de Skate em Roma e foi campeã no SLS, etapa Salt Lake City.

Leticia Bufoni, com 28 anos, é dona de um histórico invejável: é a maior campeã da história dos X Games, tendo conquistado o ouro em seis edições: Foz do Iguaçu, Barcelona e Los Angeles em 2013, Noruega em 2018, Xangai em 2019 e Califórnia em 2021. Também foi prata na mesma competição em Los Angeles em 2010 e 2012, e em Sydney, em 2018. Por fim, coleciona três bronzes: Los Angeles 2011, Austin 2014 e Mineápolis 2017.

Com apenas 13 anos, Rayssa Leal é a medalhista olímpica mais jovem do Brasil © Wander Roberto / COB

Virgínia Fortes Águas, de 15 anos, foi bronze no STU Nationals Brazil Street Women’s, em 2021, e no International Skateboarding Open Henan Street Women’s Finals de 2019. Ela ficou em primeiro lugar no Empire Open Women’s Finals e em segundo na qualificação do evento, em 2019. No mesmo ano ficou com a segunda colocação nas finais da Vans Showdown Women’s.

Na modalidade park feminina, quem marca presença no top 10 da WS é Dora Varella, que, aos 20 anos, é a nona colocada do ranking. Entre as suas conquistas mais expressivas destacam-se o segundo lugar na qualificatória do STU Skateboarding Street and Park de 2019 e o título em sua categoria na mesma competição.

Kelvin Hoefler nas preliminares do street no Ariake Urban Sports Park em Tóquio © Jonne Roriz / COB

No ranking masculino da categoria street, Kelvin Hoefler, de 27 anos, é o representante brasileiro, ocupando o quarto lugar. Ele conquistou um ouro no Campeonato Mundial de Skate de Chicago, em 2015, a prata na edição de 2018, no Rio de Janeiro, e um bronze no ano anterior, em Los Angeles. Hoefler também obteve dois ouros nos X Games, na Noruega 2018 e Mineápolis 2017. A conquista mais recente e emblemática foi a medalha de prata na estreia do skate olímpico em Tóquio.

Na modalidade park masculina, Luiz Francisco e Pedro Barros ocupam o terceiro e o quarto lugares no WSR. Pedro Quintas completa a presença brasileira no top 10 com a décima colocação. Luiz Francisco, de 21 anos, conquistou a medalha de prata no Campeonato Mundial de Skate realizado em São Paulo em 2019.

Leticia Bufoni nas preliminares da modalidade Street © Wander Roberto / COB

Aos 26 anos, Pedro Barros foi medalhista de prata em Tóquio 2020. A carreira do skatista catarinense é recheada de conquistas, que incluem duas pratas em campeonatos mundiais: Malmö 2016 e Xangai 2017, e um ouro, em Nanjing 2018. Nos X Games, Barros conseguiu a proeza de acumular dez medalhas: uma de bronze (Los Angeles 2009), três de prata (Los Angeles 2011, Munique 2013 e Austin 2015) e seis ouros (Los Angeles 2010 e 2012, Foz do Iguaçu e Barcelona 2013, Austin 2014 e Austin 2016).

Com 19 anos, Pedro Quintas já participou de diversos campeonatos nacionais e internacionais, tendo conquistado o terceiro lugar no STU National Championship de 2021 e no Campeonato Mundial de Skate de 2019, em São Paulo.

Gestão fundamentada na inovação

Com uma gestão marcada pelo ineditismo olímpico e o enfrentamento da pandemia, Eduardo Musa, presidente da Confederação Brasileira de Skate (CBSk), define o trabalho desenvolvido por sua diretoria com uma única palavra: inovação.

Pâmela Rosa nas preliminares da modalidade street em Tóquio © Wander Roberto / COB

“Desde a inclusão do skate no programa olímpico, a Confederação vem se estruturando e adequando a esse novo cenário. Quando caminhávamos para a estreia nos Jogos de Tóquio, o mundo foi surpreendido pela pandemia e tivemos de reconfigurar nosso planejamento. Felizmente voltamos do Japão com três medalhas de prata, o que assegurou uma estreia histórica para o skate do Brasil”, pontou o dirigente.

Com o mesmo objetivo de inovar permanentemente, Tatiana Lobo, gerente de seleções da CBSk, destacou a amplitude etária dos skatistas que compõem a seleção brasileira de skate.

A maranhense Jhulia Rayssa Mendes Leal entrou duplamente na história das Olimpíadas. Além de ser a primeira mulher a conquistar a medalha de prata no skate street, a maranhense também formou o pódio mais jovem da história © Wander Roberto / COB

“O skate possui características muito próprias em relação ao que vemos nas modalidades olímpicas mais tradicionais. E nossa gestão sempre teve muito cuidado na condução desse processo todo junto aos skatistas. Fizemos uma grande estreia em Tóquio e, agora, já começamos a trabalhar pensando nos Jogos de Paris 2024″, disse a gerente de seleções da CBSk.

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