O grupo ficará hospedado na sede do COB, em Hamamatsu, até o início das competições de judô
Por Helena Sbrissia / Global Sports
9 de julho de 2021 / Curitiba (PR)
Nessa quinta-feira (8), o caminho do judô brasileiro para Tóquio 2020 teve seu início oficial. Os convocados Eric Takabatake (60kg), Daniel Cargnin (66kg), Eduardo Katsuhiro Barbosa (73kg), Rafael Silva (+100kg), Gabriela Chibana (48kg) e Larissa Pimenta (52kg) embarcaram para o país dos Jogos Olímpicos acompanhados de uma comissão técnica, totalizando um grupo de 26 pessoas.
Com as devidas aprovações nos protocolos de saúde pré-viagem – que são padrão do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e Comitê Organizador Tóquio 2020 – o primeiro grupo de atletas embarcou para o Japão no Aeroporto de Guarulhos, onde foram realizados novos testes de covid-19 do tipo antígeno. O segundo grupo, que conta com outros sete judocas, tem previsão de embarcar na próxima terça-feira (13).
“Para mim, parece que é a primeira Olimpíada. Primeiro, porque cada Olimpíada é diferente. E essa, no meio dessa questão de pandemia, uma série de protocolos, de regras, então estou me adaptando a tudo isso. É uma sensação de estar sendo tudo novo”, são as palavras de Rafael Silva, duas vezes medalhista olímpico.
Baby, que é o único veterano do grupo, diz estar ansioso para chegar lá e aclimatar, para se colocar em condições de estar no melhor estado possível no dia das lutas.
Com previsão de chegada no sábado (10), no Aeroporto de Haneda, o primeiro dia dos atletas em solo japonês já está programado para que eles façam o deslocamento até a base de treinamentos do COB, que fica em Hamamatsu. É lá que os esportistas irão se adaptar aos novos ares antes do início da competição. É no dia 11, domingo, que as primeiras atividades de treinamento nos tatamis ocorrerão.
O meio-leve Daniel Cargnin, que lutará no segundo dia de competição em Tóquio, diz que a ficha está caindo apenas agora. “Esse contato está sendo muito bom, estou muito feliz de estar aqui. A gente sabia, desde antes de vir para cá, que ia ser um caminho bem desafiador, que vai ter que ter um pouco mais de tranquilidade, de paciência. Mas, como meu foco está na medalha, na Olimpíada, eu estou até curtindo todo esse processo.”
A equipe multidisciplinar da CBJ foi responsável por elaborar uma série de recomendações aos judocas que enfrentarão a travessia ao outro lado do mundo. Apesar do judô brasileiro estar acostumado com viagens ao Japão, o grupo 1 de atletas conta com uma série de estreantes nas Olimpíadas. A maior preocupação é com a alimentação, devido à grande quantidade de horas de viagem.
“Vão ser quase dois dias de viagem. Estou levando barrinha de proteína, algumas barrinhas de cereais e castanhas por indicação da nossa nutricionista Roberta Lima. E, chegando em Frankfurt, vou tentar comprar água para ficar mais tranquilo. Na chegada ao Japão tem todo o processo de imigração, mais alguns testes de PCR e a gente teve que se municiar de mais comida para poder ficar tranquilo lá”, explica Baby.
A aclimatação da equipe brasileira vai do dia 10 a 28 de julho, em Hamamatsu, e, depois disso, os atletas se hospedarão na Vila Olímpica. A estadia fora dela nos primeiros dias de adaptação dos judocas é uma estratégia que vem sendo utilizada desde 2012, em Londres, principalmente para garantir mais foco, tranquilidade e exclusividade na reta final de preparação.
A disputa do judô em Tóquio 2020 serão realizadas entre os dias 24 e 31 de julho.