Hugo Calderano garante melhor campanha brasileira no tênis de mesa em Olimpíadas

Hugo Calderano garante melhor campanha brasileira no tênis de mesa em Olimpíadas

O mesatenista superou sua própria marca do Rio 2016 e, apesar de não disputar medalha, demonstrou os avanços na modalidade proporcionados pelos investimentos da CBTM no estímulo ao esporte

Por Helena Sbrissia / Global Sports
29 de julho de 2021 / Curitiba (PR)

Apesar da eliminação nas quartas de final do torneio individual na quarta-feira (28), Hugo Calderano se consolidou como o primeiro latino a disputar essa etapa do tênis de mesa em Jogos Olímpicos. O carioca foi superado pelo alemão Dimitrij Ovtcharov de virada, por 4 a 2. A disputa ocorreu no Ginásio Metropolitano de Tóquio, que também será palco do torneio de equipes a partir do dia 1ºcategoria essa que Calderano irá disputar ao lado de Gustavo Tsuboi e Vitor Ishiy.

Aos 25 anos, o brasileiro começou bem a partida, abrindo 11 pontos a 7 no primeiro set e 11 a 5 no segundo. Os saques foram concisos, o que confirmou quase todos os serviços, e o ataque era muito presente, fazendo jus ao seu estilo agressivo. As recepções precisas também proporcionaram a Calderano boas oportunidades de contra-ataque que lhe renderam a vantagem.

Contudo, mesmo num ritmo eficiente, o jogo mental pendeu para Ovtcharov a partir do terceiro set, com pedidos de tempo extremamente estratégicos por parte do técnico Jorg Rosskopf, que tentava quebrar o ritmo do brasileiro. Nos quatro sets seguintes o alemão dominou a mesa, conquistando 11 a 8, 11 a 7, 11 a 8 e 11 a 2.

Hugo começou bem, fez 2 a 0, mas sofreu dura derrota, perdendo por 4 a 2 com parciais de 7/11, 5/11, 11/8, 11/7, 11/8 e 11/2 © Miriam Jeske / COB

Após a eliminação no sexto set, Calderano explicou na zona mista que não conseguiu sustentar o mesmo ritmo dos primeiros sets e que, num jogo de altíssimo nível, o mais importante é manter a consistência até o fim da partida – algo que o alemão fez melhor do que ele.

Esforcei-me bastante para voltar quando perdi o terceiro set e quando liderei o quinto. Não foi desta vez. A parte mental é fundamental na Olimpíada, acho que eu estava preparado, fiz o que eu podia. Mas, desta vez, ele foi um pouco mais forte”, reconheceu o atleta.

Hugo ficou de fora da disputa por medalhas, mas tornou-se o atleta com o melhor desempenho da história do País no tênis de mesa, após vencer duas vezes na terça-feira (27). Os melhores resultados anteriormente eram dele mesmo, em 2016, e de Hugo Hoyama, em 1996.

A campanha demonstra que os esforços da CBTM em garantir uma estrutura de ponta aos mesatenistas brasileiros está dando resultados, já que Calderano, que pode ser considerado um veterano em tenra idade, ainda tem muitos anos dentro do esporte em que pratica. A perspectiva é que os brasileiros conquistem cada vez mais espaço dentro das competições do tênis de mesa.

Em seu perfil no Twitter, o carioca fez uma declaração sobre a derrota e sobre o que aguarda do esporte no futuro: “Hoje não deu. Obrigado por jogarem junto comigo e continuarem acreditando. Muito orgulho por levar o tênis de mesa do Brasil às quartas de final de uma Olimpíada. Vamos por mais!”

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