Expulsa das Olimpíadas, nadadora do Brasil diz que denunciou caso de assédio ao COB, que nada fez

Expulsa das Olimpíadas, nadadora do Brasil diz que denunciou caso de assédio ao COB, que nada fez

Atleta do Esporte Clube Pinheiros, Ana Carolina Vieira afirma que irá revelar todos os detalhes do assédio e que está desapontada com a postura do Comitê Olímpico do Brasil.

Fonte Redação do ge
29 de julho de 2024 / Curitiba (PR)

A nadadora brasileira Ana Carolina Vieira se pronunciou pela primeira vez sobre sua expulsão das Olimpíadas de Paris 2024. Em vídeos nas redes sociais, ela se defendeu, afirmando que não teve má conduta e que está em Portugal “desamparada”. Ela revelou ainda que denunciou um caso de assédio na seleção de natação ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) e nada foi feito.

“Não consegui falar com ninguém. Me mandaram falar com os canais do COB, mas como vou entrar em contato com os canais do COB se já havia feito uma denúncia de assédio dentro da seleção e nada foi resolvido?”

Nas redes sociais, a brasileira não especificou de que forma e como ocorreu o assédio, nem quando. Mas disse que irá revelar todos os detalhes com a ajuda de um advogado.

“Vou falar tudo, falar com meus advogados, tudo certinho. Prometo falar tudo. Estou triste, nervosa, não sei. Mas estou com o coração em paz. Sei do meu caráter e da minha índole. Isso que importa. Espero poder defender a natação brasileira e feminina. Contem comigo. Só peço um tempo e um pouco de paciência.”

Ana Carolina Vieira disse que não conseguiu entrar em contato com ninguém e que está em Portugal. Ela informou que vai chegar ao Brasil pelo aeroporto de Recife.

“A partir do momento que saí da sala onde anunciaram que eu estava fora por causa das más condutas, não consegui contato com ninguém. Vou provar que não tive má conduta nenhuma. Quando saí da sala, minha cara estava em todas as páginas possíveis. Eu não consegui ter contato com ninguém. Não consegui ficar sozinha em nenhum momento. Tinha uma moça me acompanhando o tempo todo. Queria falar com um psiquiatra, ela não deixou num primeiro momento. Não consegui buscar uma água. Graças a Deus, depois, pude falar com ele (psiquiatra)”, reclamou a brasileira.

Ana Carolina Vieira na água © Reprodução

Ainda segundo Ana Carolina, ela teve que deixar a Vila Olímpica sem arrumar as malas. “Saí de lá, deixei meus materiais, não sabia o que fazer. Minhas coisas estão lá. Fui para o aeroporto de short. Tive que abrir minha mala toda no aeroporto. Estou em Portugal, vou para Recife, para depois ir para São Paulo. Estou desamparada, não tive acesso a nada e não consegui falar com ninguém.”

O caso

Em nota oficial, o COB afirmou que Ana Carolina Vieira e Gabriel Santos deixaram a Vila Olímpica sem autorização na noite da última sexta-feira, em Paris. Ana Carolina foi desligada após contestar de “forma desrespeitosa e agressiva” uma decisão técnica da comissão.

Segundo a nota do COB, Ana Carolina Vieira retornará ao Brasil de forma imediata. Gabriel foi punido com uma advertência. De acordo com Gustavo Otsuka, chefe da equipe de natação do Brasil, Ana Carolina contestou uma mudança na equipe de revezamento.

“A única forma que colocamos sobre a agressividade foi durante as conversas sobre as mudanças no revezamento. Foi nesse momento e nesse período que achamos por bem levar à comissão disciplinar essa situação e as condições dentro do que o próprio regulamento exige”, disse Otsuka.

A infração foi descoberta pelo staff por conta das postagens feitas pelos dois atletas nas redes sociais. Não houve contestação ou desrespeito por parte deles à punição recebida. O agravante de Ana foi justamente na questão técnica do revezamento feminino 4x100m, a prova que ela competia.

Ana Carolina participou da prova de revezamento dos 4x100m livre feminino no último sábado. O Brasil ficou em sétimo lugar na bateria. Ela também participaria do 4x100m medley misto. Gabriel Santos fez parte do time brasileiro que disputou o 4x100m livre, eliminado ainda na classificatória.

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