Romani, o atual recordista sul-americano, melhorou sua marca, enquanto Pereira atingiu seu atual recorde, 7,58s, pela terceira vez em 2022
Por World Athletics
23 de fevereiro de 2022 / Curitiba (PR)
Nos dias 19 e 20 de fevereiro foi realizada a segunda edição do Campeonato Sul-Americano Indoor no Estádio Municipal de Cochabamba, na Bolívia. O local, que tem altitude de 2.577m, provou ser um ótimo ambiente para proporcionar resultados de alta qualidade para Darlan Romani e Rafael Campos Pereira, que fizeram suas melhores atuações no último dia da competição.
Romani, que é recordista sul-americano de arremesso de peso, foi o quarto colocado no Campeonato Mundial de Atletismo Indoor de 2018, no Campeonato Mundial de Atletismo de 2019 e nos Jogos Olímpicos de 2020, melhorou o recorde de área indoor para 21,71m. O recorde anterior havia sido 21,37m, em 2018. O desempenho foi sua segunda melhor colocação desde 2019.
“Esse é o resultado da nossa dedicação e do nosso trabalho duro. Eu não vim aqui em busca de um recorde, mas sempre tenho um bom desempenho em mente. Estou muito feliz e espero que os resultados que eu obtiver em 2022 sejam ainda melhores”, disse o atleta nascido em Santa Catarina, cujo recorde é de 22,61m ao ar livre. O brasileiro Willian Venâncio foi o segundo colocado, com 19,83m, e o argentino Juan Ignácio Carballo completou o pódio com 19,04m.
Rafael Pereira teve uma campanha muitíssimo positiva em 2021. No ano passado, o mineiro de 24 anos melhorou seu tempo de 13,64s para 13,35s e conquistou o título sul-americano dos 110m com barreiras, disputando os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Nesta temporada ele parece estar ainda mais inspirado, e, em Cochabamba, ele venceu a prova de 60m com barreiras em 7,58s, igualando o recorde sul-americano indoor sustentado por ele mesmo pela terceira vez em 2022.
O brasileiro Gabriel Constantino, recordista sul-americano nos 110m com barreiras, ficou em segundo lugar, com o tempo de 7,72s. O argentino Agustin Carrera foi o terceiro e completou o pódio com 7,85s. “É uma grande sensação ganhar a medalha de ouro e representar o meu país mais uma vez. Esta foi a minha sexta competição do ano, vindo de cinco encontros na Europa. Foi muito bom repetir o meu melhor resultado. Sempre admirei o Gabriel, além de ser um grande atleta, é um grande amigo”, comentou Pereira.
O Brasil teve um segundo dia muito proveitoso, com mais vitórias vindas de Tábata de Carvalho e Lucas Carvalho nos 400m com 54,81s e 46,85s, respectivamente; Ketiley Batista nos 60m com barreiras com 8,41s; Sarah Freitas e Thiago Júlio Alfano Moura no salto em altura com 1,79m e 2,22m respectivamente; Isabel de Quadros no salto com vara com 4,10m; Gabriele dos Santos e Alexsandro Melo no salto triplo com 13,89m e 16,62m; e Felipe Vinicius dos Santos no heptatlo com 5.799 pontos (6,75s nos 60m, 7,10m long kump, 14m arremesso de peso, 2m salto em altura, 7,78s 60m com barreiras, 4,70m salto com vara e 3m06s71 nos 1000m), recorde pessoal.
O peruano José Luís Mandros também teve uma das melhores atuações do encontro ao vencer o salto em distância com 8,17m, recorde nacional que melhora tanto as marcas externas quanto internas. O uruguaio de 23 anos, de Lima, teve uma batalha feroz com o uruguaio Emiliano Lasa, que ficou em segundo lugar com 8,10m, recorde nacional indoor.
Atletas brasileiros dominaram o evento, obtendo 36 medalhas (16 de ouro, 10 de prata e 10 de bronze). A Bolívia foi a segunda nação com 11 (cinco de ouro, quatro de prata, duas de bronze), seguida pela Venezuela com oito (duas de ouro, quatro de prata, duas de bronze), Peru com quatro (uma de ouro, duas de prata, uma de bronze), Uruguai com duas (uma de ouro e uma de prata), Panamá com uma de ouro, Argentina com oito (duas de prata e seis de bronze), Chile com três (duas de prata e uma de bronze) e Equador com uma de prata.