Roberto é colecionador há cerca de 50 anos e possui um acervo de quase 70 mil peças
Fonte COB
1º de dezembro de 2021
Uma verdadeira aula de história do esporte olímpico. Assim pode ser definido qualquer bate-papo com Roberto Gesta de Melo, ex-presidente da CBAt e dono da maior coleção particular de objetos relacionados ao esporte olímpico do mundo. O advogado possui um acervo de quase 70 mil peças, dividas entre o Museu do Esporte Olímpico, na Arena Amazonas, e a Galeria Olímpica, em um espaço em sua casa, também em Manaus. Ele realizou uma visita ao Comitê Olímpico do Brasil na terça-feira (30), e conversou com o presidente Paulo Wanderley Teixeira.
“Eu, como um amante da leitura, usufruí muito do conhecimento que foi produzido a partir de pesquisas dos objetos e coleções que o Roberto Gesta amistosamente compartilha com todos do Movimento Olímpico. Acho que temos muitos interesses em comum e é sempre bom receber uma visita de um amante do esporte e gestor esportivo do quilate do Gesta”, disse Paulo Wanderley.
Gesta é colecionador há cerca de 50 anos. Neste período, adquiriu objetos significativos que ajudam a contar a história do esporte mundial, que vão desde a Antiguidade, passam pela Idade Média, Renascimento, Tempos Modernos e chegada à Era Contemporânea. Ele fala com orgulho das peças de seu acervo.
“Temos um artefato em pedra, do Antigo Império Egípcio, de mais de quatro mil anos. Há, na coleção, moedas e ânforas – etruscas, gregas e romanas – de cerca de quinhentos anos a.C.; moedas e esculturas da Idade Média. No que diz respeito a Jogos Olímpicos modernos, a coleção é constituída pelo setor filatélico, o numismático e a memorabilia: medalhas de premiação e de participação, insígnias, pôsteres, relatórios oficiais e de candidaturas, programas, boletins, ingressos, identificações, mascotes, tochas, diplomas, pins até 1948, Jogos não realizados (1916, 1940 e 1944), fotografias, documentos”, disse Gesta.
Mas um dos maiores orgulhos são peças de três dos maiores ídolos do atletismo nacional: José Telles da Conceição, dono da primeira medalha do atletismo brasileiro, o bronze no salto em altura em Helsinque 1952; João do Paulo, bronze nos Jogos Montreal 1976 e Moscou 1980; e do maior atleta olímpico do Brasil, Adhemar Ferreira da Silva.
“Temos as duas medalhas de ouro do Adhemar, as roupas que ele usou nos Jogos Olímpicos, os diplomas. O José Telles da Conceição, que ganhou a medalha três dias antes do Adhemar, era o meu ídolo e acabamos nos tornando amigos. Ele é símbolo do atletismo pra mim. Do João Carlos de Oliveira, temos as duas medalhas olímpicas, a medalha dos Jogos Pan-Americanos que foi recorde mundial, dentre muitas outras relíquias do atletismo”, completou.