Depois de se tornar a primeira mulher presidente da ITTF, Petra Sörling diz que espera “abrir a porta” para que mais mulheres ganhem posições de poder dentro do esporte
Por Geoff Berkeley / Inside the Games
7 de dezembro de 2021
No caminho que a fez subir escadas na administração esportiva, a sueca Petra Sörling, presidente da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), confessa ter se sentido muito sozinha. Por isso, agora que chegou ao topo pretende ajudar aspirantes a líderes femininas a serem corajosas. Ela, que não teve oposição em sua reeleição, tornou-se a primeira mulher a ser eleita chefe da organização após 95 anos de existência. A decisão foi tomada na Assembleia Geral Anual de novembro deste ano, que ocorreu em Houston, nos Estados Unidos.
“Estou muito orgulhosa por ter sido eleita a primeira mulher presidente da ITTF. Estar em Houston conhecendo os membros de diversas federações e confederações. Se eu puder ser um modelo e abrir a porta para várias outras líderes femininas, estarei imensamente contente”, diz Petra. Ela atua no Comitê Executivo da ITTF desde 2009, teve três mandatos como vice-presidente executiva de finanças e foi presidente da Associação Sueca de Tênis de Mesa por oito anos.
“Para mim, sempre foi o caso de me sentir sozinha. Eu fui eleita para a ITTF em 2009 e tenho sido a única vice-presidente feminina, então é difícil dizer que havia muitos parâmetros de gestão e modelos a serem seguidos dentro do tênis de mesa no que tange à gestão esportiva.” Sörling é apenas a terceira líder feminina de uma Federação Internacional Olímpica de Verão (ASOIF), ao lado de Marisol Casado, do triatlo, e Annika Sörenstam, da Federação Internacional de Golfe.
Petra participou do Masterclass Women Lead Sports da ASOIF em maio, um encontro virtual criado para ajudar a aumentar o número de mulheres em posições de liderança em todo o Movimento Olímpico.
“Eu vi que, muitas vezes, quando se trata dos meus colegas do sexo masculino, eles nem sempre estão cientes da resposta ou mesmo das perguntas que virão antes de dizerem ‘sim, eu posso fazer isso’. Nós precisamos nos esforçar como mulheres para fazer coisas para as quais não podemos ter todas as respostas e estarmos prontas e devidamente preparadas, quando assumirmos a posição de liderança ou tarefas que nos são designadas”, refletiu Sörling.