Projeto japonês para promoção e divulgação do beisebol vem ao Brasil em janeiro

Projeto japonês para promoção e divulgação do beisebol vem ao Brasil em janeiro

A popularidade e a qualidade do beisebol japonês lhe renderam a medalha de ouro nos Jogos de Tóquio 2020, superando os Estados Unidos, donos da liga mais poderosa do planeta

Por Paulo Pinto / Global Sports
12 de janeiro de 2023 / Curitiba (PR)

O esporte jogado no campo em formato de diamante, onde o jogador deve percorrer quatro bases para marcar um ponto, já criou tradição no Japão, sendo praticado em escolas e parques públicos. Isso rendeu ao Japão o título de campeão olímpico nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, justamente sobre os Estados Unidos, país que possui a liga de beisebol mais bem estruturada, com os melhores e mais bem pagos jogadores do mundo.

Os métodos de treinamento dos japoneses diferem por sua alta qualidade técnica, perfeccionismo a cada movimento e, principalmente, a estratégia, graças ao treinamento fundamentado numa cultura que preza primeiramente a disciplina, o respeito e a educação.

Jun Kitakomi durante a apresentação sobre organização e gestão esportiva de equipes de beisebol do Japão para os técnicos brasileiros, tema exaustivamente abordado no intercâmbio dos técnicos brasileiros no Japão © Arquivo

A partir de 17 de janeiro, a comitiva japonesa integrada por Jun Kitakomi, CEO da equipe profissional de beisebol do Japão Kochi Fighting Dogs (KFD), o técnico Shota Asari (KFD) e a ex-jogadora de beisebol feminino Mika Konishi, ícone do esporte no Japão, iniciarão uma turnê pela América do Sul, começando pelo Brasil e fazendo clínicas também no Paraguai, Argentina e Bolívia. Serão visitados mais de dez centros de treinamento.

A comitiva vai percorrer os principais clubes do Estado de São Paulo, nos quais Mika Konishi ministrará clínicas práticas para crianças. A técnica é responsável pelo projeto Konitan, que desde 2020 vem trabalhando com o objetivo de massificar o esporte no continente sul-americano, especialmente no Brasil, que possui atualmente cerca de 30.000 praticantes.

Professor de Educação Física e doutor Rafael Borges faz apresentação na Universidade de Tecnologia de Kochi, para estudantes de pós-graduação em gestão esportiva e docentes da universidade © Arquivo

Ainda serão realizadas clínicas para os técnicos de beisebol com Shota Asari, que acumula larga experiência de ensino da modalidade na escola da famosa equipe profissional japonesa Yomiuri Giants. Agora, como integrante da equipe do Kochi Fighting Dogs, agregará mais conhecimento especializado. As clínicas serão ministradas no dia 17 de janeiro no Anhanguera Nikkey Clube (Santana de Parnaíba) e na Associação Assistencial Tozan (Campinas), dia 18 na ACENBI (Indaiatuba) e dia 19 no Nippon Blue Jays (Arujá).

Clínica prática realizada durante o intercâmbio para aperfeiçoamento técnico de beisebol no Japão. Da esquerda para a direita de pé: Adriano Uesu, Rafael Borges, Shota Asari, Yutaka Koga. Ajoelhados da esquerda para a direita: Ivan Morita, Fábio Kudo e Tetsuro Watanabe © Arquivo

No Brasil, esse intercâmbio é organizado pelo agente local Tetsuro Watanabe (Hipe Sports) e conta com o apoio da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA), a qual também promoveu nos meses de novembro e dezembro de 2022 um intercâmbio de técnicos brasileiros no Japão. Participou dele o professor de Educação Física e doutor Rafael Borges (CREF 23.085 G/SP), técnico e preparador físico da equipe da Associação Tozan de Campinas e que vai acompanhar a delegação japonesa durante todo o período no Brasil.

A técnica e ex-jogadora profissional Mika Konishi divulga seu projeto denominado Konitan Project para massificação do esporte no Brasil © Konitan Project

Neste intercâmbio patrocinado pela JICA no Japão em 2022 foram contemplados ainda os técnicos Fábio Kudo (Tozan, Campinas/SP); Ivan Morita (ACENBI, Indaiatuba/SP) e Adriano Uesu (Papucaia, Cachoeiras de Macacu/RJ), no qual puderam aprimorar os conhecimentos gerais sobre o beisebol, junto com a equipe do Kochi Fighting Dogs e todo seu staff.

Segundo o professor Rafael Borges “A expectativa da comitiva é de conseguir promover o esporte de forma a atrair novos praticantes, doar materiais que são ainda escassos no Brasil e estreitar os laços de amizade e cooperação técnica e acadêmica entre Brasil e Japão.”

http://www.dmixeventos.com.br

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