Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos conquistam mais um bronze para o Brasil no Tênis de Mesa

Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos conquistam mais um bronze para o Brasil no Tênis de Mesa

Após duelo contra as polonesas na semifinal, equipe da classe 9-10 volta ao pódio paralímpico e repete desempenho do Rio, quando também ficaram em terceiro

Por Nelson Ayres / CBTM
3 de setembro de 2021 / Curitiba (PR)

Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos conquistaram mais uma medalha de bronze para tênis de mesa do Brasil nos Jogos Paralímpicos. Após passarem pelas turcas na noite de terça-feira (31), nas quartas de final, elas foram superadas pela equipe da Polônia, na semifinal da classe 9-10, por 2 a 0, na manhã desta quarta-feira, no Ginásio Metropolitano de Tóquio. Não há disputa de terceiro lugar na Paralimpíada.

O técnico Paulo Molitor, Bruna Alexandre e Jennyfer Parinos © Fábio Chey / CPB

A equipe repetiu o desempenho da Rio 2016, quando também ficou com a medalha de bronze. É o terceiro pódio da modalidade, que já conquistou duas medalhas nos torneios individuais da Paralimpíada, com Bruna Alexandre (classe 10) e Cátia Oliveira (classe 1-2), sendo um dos esportes que mais trouxe conquistas para o Brasil.

“A gente está muito feliz. Sabíamos que ia ser muito difícil. O que sai de positivo é que a gente acreditou muito no trabalho em todo esse tempo. Conseguimos impor nosso jogo, conseguimos mudar o ritmo. Estou muito orgulhosa das meninas pelo que a gente fez aqui. Paris está aí. Estou muito grata por ser medalhista novamente, só coroou o trabalho que fiz, por tudo o que passei em todo esse tempo”, disse Danielle Rauen.

O desafio das brasileiras na semifinal era gigante, diante de uma das melhores equipes do mundo. A aposta era na dupla, com o técnico Paulo Molitor escalando Bruna Alexandre para fazer um hipotético terceiro confronto decisivo diante de uma atleta de classe abaixo, onde levaria certa vantagem. No primeiro set, Bruna Alexandre e Danielle Rauen chegaram a estar vencendo Natalia Partyka e Karolina Pek, com vantagem de 4 a 2. Aos poucos, as adversárias começaram a impor seu jogo e começaram a dificultar a recepção das brasileiras, virando o placar.

Paulo Molitor ressaltou a evolução do tênis de mesa paralímpico do Brasil © Fábio Chey / CPB

Na segunda parcial, as polonesas comandaram o placar durante quase todo o tempo, mas com distância pequena. Bruna e Dani foram buscar o resultado e empataram em 10 a 10 num rali sensacional, quando evitaram um set point das polonesas. Conseguiram evitar mais duas vezes, até que viraram e fecharam.

As adversárias voltaram com tudo na terceira parcial. Abriram 6 a 2, mas as brasileiras começaram a forçar os erros das polonesas e chegaram a equilibraram o duelo. No entanto, as polonesas voltaram a abrir. Bruna e Dani salvaram três set points, obrigando o técnico polonês a pedir tempo, com Natalia e Karolina finalizando em seguida. No quarto set, as polonesas voltaram a vencer e fecharam o jogo em 3 a 1 (7/11, 14/12, 9/11 e 7/11).

No jogo seguinte, a experiente Natalia Partyka dominou o confronto com Jennyfer Parinos. A brasileira lutou bastante, mas a polonesa, de uma classe acima (10 contra 9), uma das lendas do esporte paralímpico, dominou o jogo desde o início e conseguiu a vitória por 3 a 0 (0/11, 4/11 e 2/11).

Bruna Alexandre e Danielle Rauen formaram excelente dupla em Tóquio © Fábio Chey / CPB

“É muito emocionante conquistar essa medalha, depois do jogo das quartas de finais, em uma partida muito difícil. Tentei de tudo contra a Natalia, nossa estratégia era ganhar a dupla. Ela é de uma classe acima, foi melhor e venceu. Mas o importante é a medalha, estou muito feliz”, disse Jennyfer.

Sentimento de dever cumprido também para Bruna Alexandre e o técnico Paulo Molitor. A primeira, conquistou sua quarta medalha paralímpica. Já o treinador, fez questão de ressaltar a evolução do tênis de mesa paralímpico do Brasil.

“Tem um gostinho diferente de 2016, quando também ganhei duas medalhas. Se esforçar tanto, mudar estilo de jogo, foi bem difícil. Foi fruto de um grande trabalho com o Comitê Paralímpico e a Confederação”, disse Bruna.

“Independente de quantas medalhas vieram, o mais importante foi que mudamos de patamar. O principal era colocar todas as classes jogando de igual para igual com todos os atletas do mundo. Saímos com o sentimento de que podemos enfrentar qualquer um”, finalizou o técnico.

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