By Hugo Calderano, entre os oito melhores no individual, e Gustavo Tsuboi, que chegou nas oitavas, se juntam a Vitor Ishiy; time é o número 6 do ranking mundial
Fonte Nelson Ayres / Fato & Ação e CBTM
30 de julho de 2021 / Curitiba (PR)
O sonho da medalha inédita para o tênis de mesa brasileiro não terminou na disputa individual. Sexto melhor time masculino no ranking mundial, o Brasil tem a Sérvia (42°) pela frente no primeiro desafio do torneio de equipes dos Jogos Olímpicos, que acontecerá na madrugada deste domingo (1), no Ginásio Metropolitano de Tóquio.
Uma equipe que chega muito credenciada, com as campanhas de Hugo Calderano, que alcançou as quartas de final do individual, e de Gustavo Tsuboi, que por pouco não se classificou para esta mesma fase. Vitor Ishiy completa o time masculino. Se passarem para a etapa seguinte, brigam por vaga na semifinal contra Coreia do Sul (4°) ou Eslovênia (18°).
A possibilidade existe. Seis países tiveram dois representantes entre os 16 melhores do individual masculino: China, Japão, Alemanha, Taipei, Coreia do Sul e o próprio Brasil. Para Hugo Calderano, apesar da dificuldade, é um sonho possível para os brasileiros.
“Acredito que a gente consiga brigar por uma medalha. Com certeza vai ser muito difícil. Sabemos que há algumas equipes realmente potentes no tênis de mesa, vamos ser cabeças de chave número seis”, pondera o mesa-tenista.
“Vamos brigar com quem vier. Sei que o esporte é muito tradicional na Ásia e, com certeza, eles são os favoritos. Mas nas últimas competições por equipes, a gente já teve bons resultados. No Mundial, nas últimas Copas do Mundo. Todo mundo está bem preparado e com a cabeça tranquila para pegar alguma oportunidade, se a gente tiver”, completa Calderano, atual número 7 do mundo.
É um fato. A Seleção Brasileira vem se classificando para as quartas de final em todos os torneios de equipes disputados desde 2018. E fazendo jogo duro com alguns favoritos, como Alemanha e Coreia do Sul. Seu pensamento tem o aval da comissão técnica. Segundo o técnico Francisco Arado, o Paco, o Brasil chega com atletas competitivos, preparados e focados em buscar um bom resultado.
“Temos uma equipe bem competitiva. Com certeza, sendo top 10 e um dos destaques, o líder dessa equipe (Calderano) nos deixa em uma situação de podermos competir com os melhores. Se conseguirmos propor nosso melhor nível, podemos fazer coisas importantes para o Brasil”, projeta Paco.
Respeito ao adversário
Vitor Ishiy, o estreante desta etapa dos Jogos, deixa um alerta. O Brasil ambiciona conquistar medalhas, mas precisa mostrar todo o seu jogo contra os sérvios, no primeiro desafio da caminhada.
“O mais importante é chegarmos bem preparados. Posso contribuir fazendo o meu melhor. Somos cabeças de chave número 6, mas isso não significa que somos favoritos a uma vitória no primeiro jogo, pois todas as equipes são fortes. Temos um bom time, os outros atletas podem me passar um pouco da experiência deles. Vou tentar não pensar que é minha estreia, desfrutar do momento e trazer bons resultados para o Brasil”, avisa.
O estreante tem feito grandes participações no Circuito Mundial fazendo dupla com Gustavo Tsuboi. Ele acredita que este pode ser um fator importante na busca pela medalha: “O mais importante é o nível de entrosamento da parceria, já beliscamos duplas muito fortes. O jogo de duplas é muito importante, pois é o primeiro confronto das equipes.”
