Maratonista Alex Douglas Pires da Silva completou a prova com o tempo de 2h27min, atrás apenas do chinês Li Chaoyan
Por CPB
7 de setembro de 2021 / Curitiba (PR)
O último dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Tóquio começou com cinco brasileiros disputando a maratona. Alex Douglas da Silva, na classe T46 (deficiência em membros superior), largou às 18h50, horário e Brasília e finalizou a prova no segundo lugar com o tempo de 2h27min, novo recorde sul-americano, no Estádio Olímpico de Tóquio, conquistando a medalha de prata. O primeiro lugar ficou com o chinês Li Chaoyan, com o tempo de 2h25min50. O atleta japonês Tsutomu Nagata, com o tempo de 2h29min33, completou o pódio.
Alex Douglas entrou na prova com a estratégia de avançar após completar metade do circuito. “A gente tinha um intuito de fazer uma prova bastante inteligente, com uma largada um pouco mais conservadora e tentar ficar o mais próximo possível do grupo da frente. Eu comecei a crescer depois do meio da prova, no quilômetro 30 encostei no primeiro e no segundo colocado e já fui tentar buscar o líder. Deu certo a estratégia”, contou ao SporTV.
Ao completar a prova, na linha de chegada, Alex Douglas fez o “aviãozinho” em homenagem ao maratonista Vanderley Cordeiro, bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004.
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“A sensação de chegar no estádio é muito boa, uma situação diferente de grande emoção. Quando você entra no Estádio e vê que está à frente dos adversários aí você dá uma relaxada e chega um pouco mais solto. Estou feliz pela medalha de prata e por representar o Brasil”, comemorou.
Esta é a primeira medalha do maratonista em Jogos Paralímpicos. Alex, da cidade de Sapiranga, no Rio Grande do Sul, conheceu o atletismo paralímpico em 2007. Entre as principais conquista do maratonista, estão o ouro no Mundial de Maratonas de 2017 em Londres; prata nos 1.500m no Mundial de Doha 2015 e prata na Maratona do IPC, em Londres 2015.
“Ainda não caiu muito a ficha. Quando você passa na linha de chegada, passa um milhão de coisas na cabeça como o tanto de coisas que a gente passa ao longo dos anos, ao longo da nossa carreira, das pessoas que estão sempre me ajudando. Eu estou muito feliz de ter conquistado esta medalha”, disse.
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Na prova feminina na classe T54, em que os atletas usam cadeira de rodas, Vanessa de Souza, campeã da São Silvestre de 2017, foi a primeira dos brasileiros a largar. Após 1h51min12, a maratonista terminou a prova na 12ª colocação.
A última prova a ser finalizada foi a feminina T12, com Edneusa Santos, bronze na maratona dos Jogos Paralímpicos do Rio, que terminou a prova na capital japonesa na quarta colocação com o tempo de 3h15min32. A segunda participante brasileira na prova, Edilene Boaventura, fechou a prova na sétima posição com o tempo de 3h26min32.
Dono da centésima medalha de ouro da história do Brasil em Jogos Paralímpicos, o fundista Yeltsin Jacques deixou a maratona T12 (para deficiente visual) aos 21km com o tempo de 1h51min12.