Trump cumpre promessa e ameaça cortar verbas de instituições que permitirem homens biológicos em competições femininas.
Por O Antagonista
7 de fevereiro de 2025 / Curitiba, PR
O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva que proíbe a participação de atletas transgêneros em competições femininas. O texto estabelece que qualquer instituição que permita homens biológicos em ligas femininas estará violando o Título IX, lei que garante igualdade de gênero em atividades educacionais nos Estados Unidos, e poderá perder financiamento federal.
A medida responde diretamente às políticas do governo de Joe Biden, acusado de favorecer a inclusão de homens biológicos no esporte feminino, prejudicando a competitividade e a privacidade de atletas mulheres.
Trump justificou a decisão como uma forma de restaurar a justiça nas competições esportivas, após pressão de atletas como Riley Gaines, nadadora de 24 anos que ganhou projeção ao denunciar a inclusão de Lia Thomas, mulher trans, nas provas femininas. Thomas, antes de sua transição, competia nas categorias masculinas.
“Riley foi uma atleta consagrada, doze vezes premiada no circuito universitário dos EUA, e dedicou incontáveis horas treinando na piscina”, disse o presidente Trump. “Ela abriu mão de tudo e deu o máximo de si, mas a liga a obrigou a dividir o pódio com um nadador masculino, que tomou seu troféu enquanto a mídia aplaudia essa glória roubada.”
Gaines relatou que a presença de Thomas em torneios femininos desmotivou várias competidoras e trouxe desconforto nos vestiários. “Hoje, as atletas podem treinar sem medo de perder seus sonhos devido às diferenças biológicas entre homens e mulheres”, declarou Gaines, destacando o apoio de Trump como fundamental.
A assinatura do decreto de Trump encerra um período de embates legais e culturais que envolveram protestos de grupos feministas, pais e atletas. Gaines descreveu a medida como um “retorno ao bom senso” e afirmou que as jovens atletas agora poderão treinar sem o medo de perderem oportunidades devido a diferenças biológicas entre homens e mulheres. “Trump ouviu os apelos das mulheres e tomou uma atitude que outros líderes não tiveram coragem de tomar”, afirmou.
Grupos como o Independent Women’s Fórum aplaudiram o decreto, argumentando que a medida protege conquistas históricas do esporte feminino desde a criação do Título IX, em 1972. Nos últimos meses, essas organizações percorreram o país promovendo campanhas e audiências públicas sob o lema “Nossos corpos, nossos esportes”, ouvindo relatos de atletas prejudicadas.