Arthur é ouro, e Brasil termina Grand Prix do Egito em quinto lugar

Arthur é ouro, e Brasil termina Grand Prix do Egito em quinto lugar

Prata de Rebeca Silva e bronze de Alana Maldonado encerram participação da seleção brasileira de judô paralímpico no segundo torneio da temporada

Fonte Comunicação / CBDV
15 de março de 2023 / Curitiba (PR)

O Brasil encerrou sua participação no Grand Prix de judô paralímpico de Alexandria, no Egito, com a conquista de mais três medalhas nesta terça-feira (14) e ficou em quinto lugar na classificação geral do torneio. O potiguar Arthur Silva, que completou 31 anos de idade no sábado, se deu o melhor presente possível: mais um ouro para a coleção, ao vencer a categoria até 90kg para atletas J1 (cegos totais). Também foram ao pódio as paulistas Rebeca Silva, prata na categoria acima de 70kg para atletas J2 (baixa visão), e Alana Maldonado, bronze na J2 70kg. O País fechou o evento com seis medalhas ao todo, já que havia conquistado três bronzes no primeiro dia de competição, com Elielton Oliveira, Lúcia Araújo e Rosi Andrade.

A Ucrânia ficou com o título no geral ao somar sete medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e três de bronze. O Azerbaijão, com três ouros, foi o segundo colocado, seguido da China, que levou dois ouros, três pratas e dois bronzes. Esta foi a segunda das quatro etapas do circuito internacional da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) programadas para 2023. As outras duas serão no Azerbaijão, em setembro, e no Japão, em dezembro. A de Antalya, na Turquia, que seria realizada em abril, foi cancelada em virtude do terremoto que atingiu o país.

Rebeca, Arthur e Alana posam segurando a bandeira do Brasil © Comunicação / CBDV

Além dos Grand Prix, a Seleção Brasileira de judô vai disputar os Jogos Mundiais da IBSA, na Inglaterra, em agosto, e o Parapan, no Chile, em novembro. Todos esses eventos são classificatórios para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

“Muito obrigado à minha esposa, minha filhinha, que estão em casa, à toda minha família, aos meus apoiadores, patrocinadores. Este troféu é nosso, essa medalha é nossa. Estamos juntos, valeu!”, celebrou Arthur, que teve retinose pigmentar e começou a perder a visão aos 2 anos. Desde as mudanças nas regras da modalidade, no início do ano passado, o brasileiro vem se mostrando quase imbatível em sua categoria: ganhou as cinco etapas de Grand Prix realizadas de lá pra cá e foi bronze no Mundial do Azerbaijão. Líder do ranking, ele chegou à conquista desta terça após derrotar três oponentes: o iraquiano Taha Al-Gburi (12º do mundo), o ucraniano Eduard Tropinov (25º) e o britânico Daniel Powell (5º).

Quem também segue no topo de sua categoria e somando pontos importantes na corrida por uma vaga nos Jogos é Rebeca Silva, que, assim como Arthur, fez 22 anos no último sábado. Em duelos rápidos, ela despachou a oitava do ranking, Dursadaf Karimova, do Azerbaijão, e a norte-americana Katie Davis, sétima do mundo. Na decisão, voltou a encarar Carolina Costa, algoz da brasileira no primeiro Grand Prix do ano, em Portugal. Mais uma vez, a italiana, vice-líder do ranking, levou a melhor.

O último pódio brasileiro no Egito veio com a campeão paralímpica e bicampeã mundial Alana Maldonado. A chave com cinco judocas previa confrontos de todas contra todas, e a brasileira largou bem ao vencer a georgiana Ida Kaldani, justamente a oponente que batera na decisão dos Jogos de Tóquio (2021). O duelo seguinte foi contra a chinesa Yue Wang, nova na categoria – lutava no extinto peso 63kg, pelo qual foi bronze em Tóquio e no Mundial de Portugal, em 2018. O equilibrado combate acabou vencido pela asiática no golden score, que ainda terminou com Alana sentindo um desconforto no joelho direito. Sem condições, ela ainda voltou para o terceiro duelo, contra Khanim Huseynova, do Azerbaijão, a quem vencia até desistir da luta por precaução.

Adriano Serrão, técnico de ne-waza; Alexandre Gracia, técnico; os atletas Rebeca Silva, Arthur Silva e Alana Maldonado; Jaime Bragança, técnico; e Mônica Araújo, fisioterapeuta © Comunicação / CBDV

Marcelo Casanova e Sérgio Fernandes batem na trave

Depois de serem medalhistas de prata no primeiro Grand Prix da temporada, Marcelo Casanova (J2 90kg) e Sérgio Fernandes (J2 +90kg) chegaram às disputas do bronze no Egito, mas acabaram perdendo seus confrontos. O gaúcho de 19 anos, uma das promessas da modalidade, acabou superado pelo cazaque Zhanbota Amanzhol, segundo do ranking mundial (o brasileiro é o terceiro na lista). Já o carioca de 23 anos, quinto melhor de sua categoria, levou a pior também contra um oponente do Cazaquistão, Yerlan Konkiyev, décimo do ranking. A paraense Larissa Silva foi outra atleta da Seleção a lutar nesta terça-feira, mas acabou perdendo seus dois duelos na categoria J1 57kg e ficou fora da briga por pódio.

A Loterias Caixa é a patrocinadora oficial da seleção de judô paralímpica do Brasil.

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