Diversos especialistas da modalidade comentaram sobre o claro wazari da brasileira, que não foi anotado pelo árbitro durante o golden score
Por Helena Sbrissia / Global Sports
28 de julho de 2021 / Curitiba (PR)
Nesta quarta-feira (28), a judoca Maria Portela foi eliminada nas oitavas de final da categoria até 70kg pela russa Madina Taimazova após levar três shidôs (punições). A luta está sendo extremamente contestada nas redes sociais por causa da arbitragem, que claramente favoreceu a vencedora do confronto.
Taimazova e Portela protagonizaram o que se tornou a luta mais longa da modalidade na Olimpíada até o momento, com quase 15 minutos de duração. O empate foi declarado no tempo regulamentar, mesmo após uma boa oportunidade de Maria, porque nenhuma das judocas conseguiu encaixar um golpe.
A polêmica, contudo, aconteceu no golden score. A luta continuou igualmente pegada, mas, quando Portela conseguiu derrubar Taimazova e fazer ela encostar os ombros no chão, o árbitro Everardo Garcia e o VAR não confirmaram o wazari que decretaria a vitória da brasileira.
Após dez minutos no golden score, Portela recebeu seu terceiro shidô, um a mais que Taimazova, e foi eliminada por falta de combatividade. A brasileira se despediu dos Jogos Olímpicos aos prantos, dando uma declaração emocionada ao canal SporTV: “eu treinei muito, me senti muito bem preparada. Eu ainda não acredito que isso aconteceu. Eu quase peguei ela algumas vezes, mas não deu, infelizmente.”
A eliminação de Maria causou muita revolta nas redes sociais, já que diversos ex-atletas e especialistas da modalidade prestaram apoio em seus perfis. Entre eles, Flávio Canto, medalhista de bronze em Atenas 2004, João Derly, bicampeão mundial (2005 e 2007), Luciano Correa, campeão mundial em 2007 e Alex Pombo, judoca da Sogipa.
Sarah Menezes foi chamada para comentar sobre o assunto no Redação SporTV desta quarta-feira. Segundo a medalhista de ouro, o wazari foi extremamente claro, levando em consideração que ambos os ombros da judoca russa tocaram o chão. “Claramente foi um erro da arbitragem”, completa.