Com direito a pose, brasileiro sobe no lugar mais alto do pódio um dia depois de se tornar campeão do mundo com terceiro melhor tempo da história
Fonte Redação do GE
22 de julho de 2022 / Curitiba (PR)
Um dia depois de ser campeão do mundo nos 400m com barreiras, Alison dos Santos voltou ao Hayward Field, em Eugene, para o momento mais esperado. No lugar mais alto do pódio, Piu, como é conhecido o atleta, recebeu a sua medalha de ouro, a segunda do Brasil em toda a história dos mundiais de atletismo.
Vencedor da prova com 46s29, o terceiro melhor tempo da história da prova, Alison contou que mal conseguiu dormir na última noite. Brincalhão como sempre, ele fez diversas poses no pódio ao lado dos americanos Rai Benjamin e Trevor Bassitt, respectivos medalhistas de prata e de bronze nos 400m com barreiras do Mundial do Oregon.
“Dormi umas 7h30 da manhã e acordei umas 8h30. Foi a soneca dos justos”, brincou o campeão mundial.
Segundo Piu, ele ainda não conseguiu ter uma dimensão completa do feito. Há seis meses fora do Brasil por conta do calendário internacional, o paulista de São Joaquim da Barra retorna ao País ainda nesta quinta para curtir merecidos 10 dias de folga.
“Eu consegui dimensionar um pouco desse impacto, não parei para ver muita coisa ainda, mas estou muito feliz por tudo o que eu vi, toda a energia que eu venho recebendo. Tenho participado de muitas provas internacionais, mas sinto a energia da torcida toda mesmo de longe”, ressaltou.
Alison ainda contou como pretende relaxar nesses 10 dias no Brasil ao lado da família. Um dos pedidos do campeão mundial é comer um belo churrasco.
“Volto para o Brasil hoje à noite. Agora é dar uma descansada. Chego no Brasil na sexta-feira, vou para São Joaquim da Barra para ver a minha família, para conhecer a minha sobrinha que nasceu. Depois quero um churrasco com um truco, que não pode faltar. Serão 10 dias de descanso, porque eu estou precisando”, finalizou.
Feitos de Alison na carreira e no Mundial do Oregon
- Quebra do recorde sul-americano nos 400m com barreiras e melhor tempo da carreira (46s29);
- Recorde do Campeonato Mundial;
- Terceiro melhor tempo da história dos 400m com barreiras (o norueguês Karsten Warholm tem a melhor marca, com 45s94, nos Jogos Olímpicos de Tóquio);
- Terceira maior diferença para o segundo colocado na história dos 400m com barreiras, com 0s60 para Rai Benjamin (46s89). Somente Edwin Moses (1s11, em 1983) e Félix Sánchez (0s93, em 2003) ganharam a prova no Mundial de Atletismo com diferença maior do que a de Alison dos Santos em 2022;
- Primeiro brasileiro campeão mundial em prova de pista outdoor (Zequinha Barbosa levou o ouro nos 800m, em 1987, no Mundial Indoor, em pista coberta);
- Primeiro homem brasileiro a ganhar o ouro em Mundial (entre as mulheres, Fabiana Murer foi campeã no salto com vara, em 2011, na Coreia do Sul);
- A medalha de bronze na Olimpíada de Tóquio, ano passado, foi a primeira do Brasil nos 400m com barreiras.