By A técnica conhecida como “esgrima de pés” foi alvo de duras críticas por parte dos especialistas da modalidade e o principal motivo pelo qual a federação internacional optou por alterar as regras
Fonte Owen Lloyd / Inside the Games
4 de outubro de 2021 / Curitiba (PR)
Após a realização dos Jogos de Tóquio 2020 a World Taekwondo revisará as regras do esporte. A medida está sendo tomada após muitas críticas serem enviadas à entidade por causa do excesso de utilização de uma técnica chamada “esgrima de pés”, que é quando ambos os atletas mantêm uma perna no ar e pulam com o outro pé na tentativa de atacar ou defender. Apesar de ser uma técnica permitida, ela é considerada uma “má forma”.
Essa técnica se tornou cada vez mais comum depois da adesão dos hogus eletrônicos, que têm sensores capazes de detectar até as cutucadas mais leves na perna e registrá-las como pontos, enquanto um árbitro humano provavelmente não aceitaria a pontuação por causa da falta de força e efetividade do golpe. Diversos torneios impõem regras relacionadas ao tempo que uma perna pode ser levantada no ar de uma só vez, geralmente limitando o movimento a três segundos.
Sete pessoas foram nominadas pela World Taekwondo para integrar o Comitê de Melhorias das Regras de Competição, seguindo à risca diversos relatórios angariados por árbitros e competidores com o objetivo de otimizar as regras de maneira geral, de modo que o taekwondo se torne um esporte mais agradável de acompanhar e praticar.
O comitê organizado pela World Taekwondo inclui a presença de Lee Dae-hoon, medalhista olímpico de prata e bronze, e o bicampeão olímpico Hwang Gyeong-seon, ambos da Coreia do Sul. As regras e métodos de pontuação serão a prioridade do que será analisado. As decisões que forem tomadas devem começar a ser aplicadas no Campeonato Mundial de Taekwondo de 2022, que acontece em Wuxi, na China.
A World Taekwondo também anunciou que planeja fazer alterações no sistema dos equipamentos de proteção eletrônicos, que foram introduzidos nos Campeonatos Mundiais de 2009 e nos Jogos Olímpicos de 2012, com o objetivo de permitir que decisões cada vez mais assertivas e justas sejam tomadas pelos árbitros.
