Washington Júnior conquista medalha de bronze pelo atletismo na prova de 100m pela classe T47

Washington Júnior conquista medalha de bronze pelo atletismo na prova de 100m pela classe T47

Ele subiu ao pódio junto com Petrúcio Ferreira, medalhista de ouro, e dedicou a conquista para sua avó

Por Helena Sbrissia
28 de agosto de 2021 / Curitiba (PR)

O pódio dos 100m da classe T47 do atletismo teve dose dupla brasileira. Enquanto Petrúcio Ferreira foi o primeiro colocado, Washington Júnior fez o tempo de 10s68 e angariou a medalha de bronze. O polonês Michal Derus, com 10s61, foi o segundo colocado da prova. Washington conseguiu fazer a melhor largada da prova, imprimindo um ritmo forte, contudo, Petrúcio se recuperou e assumiu a liderança por volta dos 50m.

Aos 24 anos, Washington, que é originário do Rio de Janeiro, já tem uma carreira de sucesso: ele foi vice-campeão no Mundial de Doha, em 2019, e agora também tem um bronze olímpico. Esse pódio veio logo em sua primeira Paralimpíada, e o velocista carioca não esconde a alegria com o feito, apesar de acreditar que poderia ter feito ainda mais caso não tivesse testado positivo para covid-19 poucos dias antes da data inicial de embarque ao Japão.

Com o tempo de 10s68 em sua primeira Paralimpíada, a carreira do carioca de 24 anos é promissora © Alê Cabral / CPB

“Quem me conhece sabe que não sou de inventar desculpas. Mas tenho certeza que se não fosse por esse teste positivo eu teria corrido um pouco melhor. Mas o importante é ter conseguido o pódio. Estou muito feliz por isso. Feliz também pelo Petrúcio. Claro que queria ter ganhado, mas vou seguir treinando para isso. Ano que vem tem Mundial e espero novamente proporcionar alegria para o Brasil”, declarou o medalhista de bronze.

Washington ressalta que sua falecida avó, Ivone Assis da Graça, foi uma das principais incentivadoras da sua carreira. “A pessoa especial pra mim não se encontra mais aqui. A minha vó, que já faleceu. Ela foi tudo pra mim. Claro que meu pai e minha mãe sempre me ajudaram, mas a minha vó fez muita coisa por mim. Tenho certeza que se ela estivesse viva agora ela estaria chorando por mim. Tenho muita saudade e é para ela que dedico essa medalha”, disse o atleta.

Washington subiu ao pódio junto com Petrúcio Ferreira, que levou o ouro © Alê Cabral / CPB

Bastante emocionado, Washington Júnior relembrou das conversas que tinha com a sua avó, que acabou não vendo o seu neto competir uma Paralímpiada. Mesmo assim, o velocista sente que ela estava ao seu lado na pista. “Ela falou para mim que um dia ela iria me ver na Paralímpiada. Eu acredito que ela está me vendo onde quer que esteja, então eu corri, dei o meu melhor e estou muito feliz, mas sei que ela está muito mais”, completou Washington com lágrimas nos olhos.

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