Vôlei feminino conquista prata e mantém prestígio do Brasil da modalidade

Vôlei feminino conquista prata e mantém prestígio do Brasil da modalidade

Apesar da derrota diante dos Estados Unidos na final, brasileiras mostraram desempenho superior ao dos homens na quadra e ao dos atletas da areia

Por Helena Sbrissia / Global Sports
8 de agosto de 2021 / Curitiba (PR)

Após uma grande campanha o vôlei de quadra feminino brasileiro conseguiu seu lugar no segundo ponto mais alto do pódio olímpico neste dia 8 de agosto. Apesar de perderem a medalha dourada para a seleção estadunidense, as jogadoras brasileiras superaram as expectativas com uma campanha muito linear e competente.

O jogo, contudo, não foi dos melhores – ou dos mais competitivos. Os Estados Unidos venceram por três sets a zero: 25-21, 25-20 e 25-14. Na Ariake Arena, a seleção brasileira, que enfrentou diversos problemas durante a competição, sentiu o peso da decisão.

O primeiro deles foi uma entorse no tornozelo direito da levantadora Macris logo na terceira partida da competição. Mesmo tendo voltado para o jogo das quartas de final contra a Rússia, ela se viu limitada fisicamente. Depois disso, Tandara foi pega no doping 12 horas antes da semifinal. Chegar à decisão foi, para as meninas, uma história de superação.

Orgulho do Brasil, meninas do vôlei comemoram mais uma conquista importantíssima © Gaspar Nóbrega / COB

O primeiro ouro das norte-americanas no vôleio veio após baterem na trave duas vezes – em Pequim 2008 e Londres 2012, elas perderam a decisão justamente para o Brasil. Para a seleção brasileira, foi a quinta medalha olímpica e a primeira de prata. Além dos ouros de Pequim e Londres, conquistaram o bronze em Atlanta 1996 e Sydney 2000.

Superação e aposentadorias

Aos 40 anos, Carol Gattaz foi um exemplo de superação nos jogos, já que se tornou a atleta mais velha de qualquer modalidade a trazer uma medalha para o Brasil em Olimpíadas. Ela foi jogadora titular durante toda a trajetória em Tóquio e, mais do que isso, figurou entre as melhores da seleção.

A meio de rede de 40 anos foi uma das oito estreantes em Jogos Olímpicos que Zé Roberto levou para o Japão. A média de idade do elenco era superior aos 30 anos e só uma jogadora, a revelação Ana Cristina, de 17 anos, tinha menos de 26 anos.

A derrota na final não ofusca a consistência que essas estreantes mostraram em quadra em Tóquio. Fernanda Garay e Carol Gattaz lideraram um time que soube superar momentos de adversidade.

Pódio do vôlei feminino com as seleções do Brasil, Estados Unidos e Sérvia

Camila Brait e Fernanda Garay anunciaram no fim da competição que haviam vestido pela última vez a camisa da seleção brasileira. Ambas foram destaque na competição e atuaram em altíssimo nível em todos os jogos.

“Encerro essa jornada com a seleção muito orgulhosa do que eu fiz, muito feliz. Eu fiquei feliz pelo carinho que recebemos aqui. Chegamos aqui após tanta tristeza pela pandemia. Demos alegria aos brasileiros e recebemos todo esse carinho de volta”, desabafou Fê Garay.

A líbera Camila Brait, estreante em Olimpíadas, também não voltará a entrar em quadra com a camisa do Brasil. Depois de tantos anos de carreira, disse ter “realizado um sonho” ao ir a Tóquio e que agora é hora de pensar em outros planos.

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