By World Triathlon terá “quarentena” de quatro anos no caso de atletas que estejam participando de competições masculinas
Fonte Redação do GE
7 de agosto de 2022 / Curitiba (PR)
A World Triathlon, entidade que comanda o triatlo no mundo, votou e definiu a nova política da modalidade quanto à participação de mulheres transgênero em eventos internacionais. O órgão regulamentador permitirá a inclusão destas atletas. Mas a duras regras, que passarão a vigorar já no próximo mês.
Entre as obrigatoriedades estará reduzir os níveis de testosterona por dois anos em vez de um, como acontece atualmente. Também será necessário esperar pelo menos quatro anos após a transição no caso de atletas que anteriormente estejam competindo no masculino em qualquer competição esportiva.
Vale lembrar que durante o final do ano de 2021, o Comitê Olímpico Internacional direcionou aos órgãos regulamentadores de cada modalidade o poder de incluir ou não atletas trans nas categorias femininas. A Federação Internacional de Natação, por exemplo, limitou a participação apenas para meninas trans que tenham feito a transição até os 12 anos, considerando criar uma categoria “aberta” para incluir as demais mulheres transgênero.
“A política que acabamos de aprovar mostra que estamos priorizando o princípio da justiça, mas mostrando a inclusão. Está totalmente alinhado com a recomendação do COI e semelhante ao que outras federações internacionais fizeram nos últimos meses”, explicou a presidente da World Triathlon e membro do COI, Marisol Casado.
Também em seu comunicado sobre as mudanças, Marisol Casado disse que a nova política foi aprovada pela maioria do conselho executivo, embora o vice-presidente, Ian Howard, e o presidente do comitê de atletas, Tamas Toth, tenham votado contra.
“Somos uma Federação Internacional pequena, mas que sempre teve inclusão e equilíbrio de gênero em nosso DNA”, encerrou.
As decisões da World Triathlon se detém às competições internacionais. Sendo assim, a iniciativa da British Triathlon segue valendo. O órgão que regulamenta a modalidade no Reino Unido definiu no início de julho que terá uma categoria “open” para abrigar homens e mulheres transgêneros, além dos não-binários que nasceram homens.
