Treinadores campeões olímpicos em Tóquio receberão troféu de Melhores do Ano no Prêmio Brasil Olímpico 2021

Treinadores campeões olímpicos em Tóquio receberão troféu de Melhores do Ano no Prêmio Brasil Olímpico 2021

André Jardine, nas modalidades coletivas, e Fernando Possenti, Francisco Porath, Javier Torres, Lauro Souza e Mateus Alves, nas individuais, foram os escolhidos do COB

Fonte COB
30 de novembro de 2021

O Brasil fez história nos Jogos Olímpicos de Tóquio e alcançou sua melhor participação na competição em todos os tempos. Aliado ao talento dos atletas, o recorde de medalhas do país na competição foi atingido em grande parte pelo fundamental trabalho de seus treinadores. Em reconhecimento à qualidade e excelência destes profissionais, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) escolheu os seis técnicos campeões olímpicos no Japão para receberem o Prêmio Brasil Olímpico 2021.

A entrega dos troféus de Melhores Treinadores do Ano para André Jardine (futebol), nas modalidades coletivas; Fernando Possenti (maratonas aquáticas), Francisco Porath (ginástica artística), Javier Torres (vela), Lauro Souza (canoagem velocidade) e Mateus Alves (boxe), nas individuais, será realizada na festa de gala do esporte nacional, no dia 7 de dezembro, no Teatro Tobias Barreto, em Aracaju.

“Esse prêmio visa valorizar o excelente trabalho dos nossos treinadores nessa edição olímpica. Em virtude do resultado histórico que o Brasil obteve e as expressivas conquistas, fruto de muito trabalho, competência e qualidade na preparação dos atletas, o COB não poderia tomar outra atitude a não ser reconhecer todos estes profissionais. São treinadores que tiveram conquistas de extrema relevância no mundo olímpico e o controle sobre todo o processo de preparação, mesmo diante das adversidades”, afirmou diretor de esportes do COB, Jorge Bichara.

“Através dos campeões olímpicos, o COB gostaria de reconhecer o trabalho de todos os treinadores que prepararam atletas para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos, gostaríamos que todos se sentissem reconhecidos e valorizados”, completou.

Os homenageados elaboraram os planejamentos vencedores que culminaram nas conquistas das medalhas de ouro de Ana Marcela Cunha, Hebert Souza, Isaquias Queiroz, Rebeca Andrade, Martine Grael e Kahena Kunze e da seleção brasileira masculina de futebol nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O atleta Ítalo Ferreira, que conquistou o ouro no surfe, levou a Tóquio um profissional de análise de vídeo para lhe dar suporte. Este será o segundo troféu de Fernando Possenti, vencedor em 2018, e de Mateus Alves, premiado em 2019.

Além de homenagear os melhores técnicos do ano, a 22ª edição do Prêmio Brasil Olímpico ainda terá outros destaques. A maior premiação anual do esporte olímpico brasileiro relembrará a histórica campanha do Time Brasil na capital japonesa. Todos os atletas medalhistas serão convidados a subir ao palco para a recepção de troféus especiais e homenageará os 51 melhores atletas de cada modalidade. Concorrem ao troféu de Melhor Atleta do Ano: Ana Marcela Cunha, Rayssa Leal e Rebeca Andrade, no feminino, e Hebert Conceição, Isaquias Queiroz e Ítalo Ferreira, no masculino.

Neste ano, para valorizar a melhor campanha da história olímpica brasileira, pela primeira vez serão 20 concorrentes ao prêmio Atleta da Torcida, sendo dez mulheres e dez homens: Alison Santos (atletismo), Ana Marcela Cunha (maratonas aquáticas), Beatriz Ferreira (boxe), Bruno Fratus (natação), Darlan Romani (atletismo), Douglas Souza (vôlei), Fernanda Garay (vôlei), Formiga (futebol), Gabriel Medina (surfe), Hebert Souza (boxe), Isaquias Queiroz (canoagem velocidade), Ítalo Ferreira (surfe), Kahena Kunze (vela), Martine Grael (vela), Mayra Aguiar (judô), Pedro Barros (skate), Rayssa Leal (skate), Rebeca Andrade (ginástica artística), Robert  Scheidt (vela), Rosamaria Montibeller (vôlei). A votação segue aberta e se encerra durante o prêmio, no dia 7.

Também haverá a entrega do Troféu Adhemar Ferreira da Silva, destinado a personalidades do esporte que representem os valores que marcaram a vida e a carreira do saltador, como ética, espírito coletivo, eficiência técnica e física, respeito ao próximo e companheirismo.

As novidades ficam por conta da criação de outras duas premiações: o Troféu TIM Transforma, para projetos que transmitam os valores olímpicos, e o Troféu Inspire, uma homenagem da Riachuelo às mulheres de destaque no Movimento Olímpico do Brasil.

Confira os perfis dos concorrentes ao prêmio Melhores Treinadores de 2021

André Jardine

De carreira curta como jogador, atuou apenas na base do Grêmio, André Jardine se encontrou como treinador ainda jovem. Com mais de 30 títulos em categorias de base no currículo, passou pelo Internacional, depois foi para o Grêmio até chegar em 2015 ao São Paulo, onde conquistou o bicampeonato da Copa do Brasil sub 20 de forma invicta, além de campeão da Libertadores sub 20, em 2016. Em 2019, teve um curto período como técnico da equipe profissional do São Paulo. No mesmo ano, deixou o clube paulista e assumiu o comando das seleções brasileiras sub 20 e sub 23. O primeiro título veio no Torneio de Toulon, em 2019. Nos Jogos de Tóquio, conquistou o bicampeonato olímpico consecutivo, que colocou o Brasil ao lado de Grã-Bretanha, Uruguai, Hungria e Argentina, as únicas seleções de futebol a realizarem o feito.

Fernando Possenti

Fernando Possenti começou a dar aulas de natação aos 17 anos, treinamentos com 23 e se especializou em maratona aquática a partir de 2009. Quatro anos depois começou a parceria com Ana Marcela Cunha. De lá para cá, conquistaram juntos o bicampeonato do Circuito Mundial (com 32 pódios e 17 títulos em diferentes etapas), ouros nos Jogos Pan-Americanos de Lima, nos Jogos Mundiais de Praia Doha 2019 e nos Jogos Mundiais Militares de Wuhan. Em Mundiais, Possenti é o treinador brasileiro com mais medalhas, sendo quatro ouros, duas pratas e quatro bronzes, todos comandando Ana Marcela. Fernando já foi eleito cinco vezes pela Fina como o melhor treinador do ano nas águas abertas e, em 2018, conquistou o prêmio de Melhor Treinador Individual do Ano no Prêmio Brasil Olímpico.

Francisco Porath

Francisco Porath Neto, o Chico, acompanha Rebeca Andrade desde os sete anos da atleta, quando a conheceu num projeto em Guarulhos (SP). Os dois foram juntos trabalhar em Curitiba, no Flamengo e atuaram na seleção desde 2013. O ápice do trabalho chegou em 2021 com o ouro no salto e a prata no individual geral nos Jogos Olímpicos, a primeira ginasta brasileira a ser campeã olímpica e a primeira atleta do Brasil a ganhar duas medalhas numa mesma edição de Jogos. Teve o desafio de manter a motivação e conduzir Rebeca a outro feito histórico: conquistar o ouro no salto e prata nas barras no Mundial de Kitakyushu, no Japão, a primeira brasileira a conquistar duas medalhas em uma única edição do campeonato.

Javier Torres

O espanhol Javier Torres é formado em economia, mas sua grande paixão é o mar. Foi ali que alcançou os maiores feitos de sua carreira. Iniciou uma parceria de sucesso com a dupla Martine Grael e Kahena Kunze em 2013. Logo de cara, conquistou o vice-campeonato mundial e o título europeu na categoria 49erFX. Em 2014, elas se tornaram campeãs mundiais em Santander, na Espanha. Aquela foi a primeira vez que velejadoras brasileiras conquistaram esse título. Desde então, sob o comando do espanhol, as velejadoras já conquistaram seis medalhas em mundiais.  Em 2016, nas águas da Baía de Guanabara, veio o primeiro ouro olímpico. Cinco anos depois, os ventos voltaram a soprar favoravelmente e novamente a dupla liderada por Javier chegou ao degrau mais alto do pódio olímpico, em Tóquio 2021.

Lauro Souza

Nascido em Pindamonhangaba, interior de São Paulo, Lauro é carinhosamente chamado pelos canoístas de Pinda. Iniciou a carreira como treinador de canoagem em 2006 e em 2013 tornou-se auxiliar do espanhol Jesus Morlán na seleção brasileira de canoa. Em 2015, assumiu a equipe feminina e depois do Rio 2016 mudou-se para Lagoa Santa (MG), base de treinos da seleção masculina, onde conviveu diariamente com Jesus e os atletas. Coube a Lauro a dura tarefa de reerguer a equipe após a morte de Morlán, em 2018, a menos de dois anos dos Jogos Olímpicos (antes do adiamento), e manter o alto nível de resultados alcançados nas competições internacionais, acrescentando sua própria identidade ao trabalho, principalmente no planejamento e condução de toda a preparação. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a promessa feita a Jesus foi cumprida: medalha de ouro para Isaquias Queiroz no C1 1000m e uma bela homenagem de Lauro ao grande mentor com uma mensagem escrita em sua camisa.

Mateus Alves

Mateus Alves se encontrou no boxe. Depois de praticar a modalidade na adolescência, abandonou o esporte e o reencontrou como professor de um projeto social em Porto Alegre. Em 2011, entrou na comissão técnica da seleção como auxiliar e participou da medalha de ouro no mundial de Everton Lopes. Se tornou treinador principal em 2017 e em pouco tempo levou a modalidade a um novo patamar, tornando o boxe a modalidade mais vencedora do Brasil em Tóquio 2020, com o ouro de Hebert Conceição, a prata de Beatriz Ferreira e o bronze de Abner Teixeira. Em 2019, havia liderado a equipe na conquista de seis medalhas no Pan de Lima, a melhor campanha em 56 anos. Além disso, esteve ao lado de Hebert Conceição no bronze no Mundial masculino e Bia Ferreira no título de campeã mundial.

Histórico dos melhores treinadores olímpicos do PBO:

2001 – Larri Passos (tênis)
2002 – Bernardinho (vôlei)
2003 – Bernardinho (vôlei)
2004 – Bernardinho (vôlei)
2005 – Oleg Ostapenko (ginástica artística)
2006 – Bernardinho (vôlei)
2007 – Luiz Shinohara (judô)
2008 – Nélio Moura (atletismo) e José Roberto Guimarães (vôlei)
2009 – Renato Araújo (ginástica artística), Ricardo Cintra (maratonas aquáticas) e Brett Hawke (natação)
2010 – Elson Miranda (atletismo) e Bernardinho (vôlei)
2011 – Rosicleia Campos (judô) e Rubén Magnano (basquete)
2012 – Marcos Goto (ginástica artística) e José Roberto Guimarães (vôlei)
2013 – Marcos Goto (ginástica artística) e José Roberto Guimarães (vôlei)
2014 – Jesus Morlán (canoagem velocidade) e Morten Soubak (handebol)
2015 – Leandro Andreão (vôlei de praia) e Ratko Rudic (polo aquático)
2016 – Jesus Morlán (canoagem velocidade) e Rogério Micale (futebol)
2017 – Mario Tsutsui e Kiko Pereira (judô) e José Riberto Guimarães (vôlei)
2018 – Fernando Possenti (maratonas aquáticas) e Renan Dal Zotto (vôlei)
2019 – Mateus Alves (boxe) e Renan Dal Zotto

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