Em campanha grandiosa, equipe brasileira acumulou 164 medalhas, sendo 59 de ouro, estabelecendo-se como maior potência das Américas na classe júnior
Por Helena Sbrissia / Global Sports
8 de dezembro de 2021 / Curitiba (PR)
A primeira edição dos Jogos Pan-Americanos Júnior, realizada em Cali, Colômbia, de 25 de novembro a 5 de dezembro, reuniu mais de 4 mil atletas de 41 países e 38 modalidades, tornando-se um sucesso absoluto. O Time Brasil, por sua vez, conquistou feitos históricos.
Com 164 medalhas – 59 de ouro, 49 de prata e 56 de bronze – o Brasil foi o primeiro colocado, garantindo pódio em 35 modalidades, feito expressivo e que comprova elevado aproveitamento, já que a delegação brasileira era menos numerosa, por exemplo, do que as da Colômbia e do México.
Como campeão de Cali 2021 o Brasil valida a construção de uma possível hegemonia no esporte juvenil, podendo tornar-se em breve a maior potência das Américas. “Fechamos um ciclo olímpico com os melhores resultados da nossa história, apesar de termos encarado muitas dificuldades, e iniciamos o novo da melhor forma possível. Conseguimos apresentar a qualidade dos nossos atletas e do nosso trabalho, encerrando 2021 com chave de ouro”, afirmou Paulo Wanderley Teixeira, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Os resultados alcançados pelo Brasil garantiram 77 vagas para os Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023. “A conquista destas vagas é muito importante, pois a classificação antecipada permite aos atletas e às confederações fazerem uma preparação mais cuidadosa, sem o desgaste de competir em provas classificatórias. Fora que, em esportes como o triatlo, abrimos mais uma vaga além daquelas que já podem ser conquistadas”, disse o chefe de missão em Cali, Marco La Porta.
Aos 17 anos, Stephanie Balduccini foi a maior medalhista da competição, com sete medalhas de ouro na natação, seguida por Breno Correia e Ana Carolina Vieira, ambos também da natação, que conquistaram cinco medalhas de ouro e uma de prata cada.
“O Pan Júnior tem como propósito para o COB trabalhar com jovens em formação, ainda que alguns já tenham experiência olímpica. Proporcionamos a eles uma prática esportiva de alto nível, enfrentando atletas do continente em disputas equilibradas. Esse é um degrau dentro do processo de desenvolvimento dos novos valores do esporte olímpico brasileiro”, acrescentou o diretor de esportes do COB, Jorge Bichara.
Em relação ao ranking brasileiro das modalidades, a natação foi o grande destaque, com 19 medalhas de ouro. Logo em seguida aparece o atletismo, com dez ouros, e o judô, com seis. A ginástica rítmica figura na quarta colocação, com quatro ouros. Skate, patinação de velocidade, vôlei, tênis de mesa, vôlei de praia e karatê conquistaram dois ouros cada; e triatlo, taekwondo, canoagem de velocidade, ginástica artística, wrestling, esgrima, ginástica de trampolim e handebol, um ouro.