Quais são as chances de medalha do Brasil na ginástica nas Olimpíadas?

Quais são as chances de medalha do Brasil na ginástica nas Olimpíadas?

Brasil chega com um leque grande de possibilidades, com destaque para Nory, Zanetti e Rebeca

Fonte Guilherme Costa / Globo Esporte
16 de julho de 2021

A ginástica brasileira chega aos Jogos Olímpicos de Tóquio com diversas possibilidades de medalha, encabeçada por Arthur Zanetti, que busca sua terceira medalha nas argolas, e Arthur Nory, atual campeão mundial da barra fixa. No feminino, há uma incógnita grande, pois Flavia Saraiva não competiu neste ano no solo, prova que seria sua principal chance, o mesmo acontecendo com o salto de Rebeca Andrade, que não foi executado ainda em 2021.

Arthur Zanetti, segundo Guilherme Costa, foi medalha de prata no Mundial de 2018 e ficou a poucos décimos do pódio em 2019. Depois de um longo período sem competir, levou a prata na Copa do Mundo de Doha, mês passado, com uma nota muito boa, que lhe daria, inclusive, o título mundial de 2019. Um grego e um chinês parecem estar um pouquinho melhor que o brasileiro, mas Zanetti é, na teoria, um dos três favoritos para a medalha.

Rebeca Andrade é uma das promessas para a ginástica © Ricardo Bufolin / CBG

Arthur Nory foi campeão mundial da barra fixa em 2019, mas, desde então, por conta da pandemia, de lesões e de quedas, não conseguiu repetir a excelente nota que teve. No Mundial tirou 14,900, enquanto nas competições de 2021 não passou de 14,400. Está entre os candidatos ao pódio na prova, afinal, é o atual campeão mundial, mas não chega como um favoritismo muito grande. São pelo menos seis grandes candidatos para a medalha.

Rebeca Andrade terá cinco chances de medalha nas Olimpíadas, já que disputará os quatro aparelhos e o individual geral. Contudo, para Guilherme Costa, por conta de todas as lesões que sofreu nos últimos seis anos, ainda não sabemos qual exatamente é o limite de Rebeca nos aparelhos, já que a evolução foi constante em 2021. Ela chega com grandes chances no individual geral (no pré-olímpico, mês passado, fez uma nota que seria bronze no Mundial de 2019). No solo, barras assimétricas e trave, ela tem chances reais de fazer final, e aí sim, poder sonhar com um pódio, mas não é exatamente favorita.

Sua grande chance, porém, é o salto. Se estiver 100% de sua forma, é favorita a medalha. O problema é que ela não faz dois saltos em uma mesma competição há mais de quatro anos, então é complicado afirmar como estão suas apresentações. É uma incógnita.

Candidata ao pódio no solo, FlÁvia Saraiva pode surpreender © Ricardo Bufolin / CBG

Já Flavia Saraiva vem de um ciclo recheado de finais em Campeonatos Mundiais, mas sempre batendo na trave para a medalha. No solo, foi quinta colocada em 2018 e quarta em 2019, mas, desde então, não se apresentou em uma grande competição. Passou por uma pequena lesão. É candidata ao pódio no solo, mas não é favorita. No individual geral e na trave ela está no grupo das “que podem surpreender”, mas longe de ser uma das principais candidatas.

Caio Souza fez um grande Campeonato Pan-Americano, no mês passado, com uma nota que o credencia a ser um dos oito melhores do individual geral nas Olimpíadas. Ele ainda pode tentar fazer dois saltos e buscar uma vaga na final do aparelho. Nas argolas e barras paralelas, pode surpreender e também chegar entre os oito.

Por fim, Guilherme Costa explica que Chico Barretto e Diogo Soares completam a equipe brasileira, que tem tudo para repetir a final obtida em 2016, quando ficou entre os oito melhores. Lembrando que, neste ano, Zanetti não competirá por equipes, portanto sua pontuação valerá apenas para o individual. Os dois podem pintar em alguma final individual, principalmente Chico na barra e no cavalo.

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