O finlandês Antti Pihlakoski foi motivado pela controversa desqualificação de Devon Allen da final dos 110m com barreiras no campeonato mundial em Eugene (EUA)
Por Patrick Burke / Inside The Games
22 de agosto de 2022 / São Paulo (SP)
O velocista americano Devon Allen, um dos favoritos a vencer a prova dos 110m com barreiras, foi acusado de ter cometido uma falsa largada por 0,001seg no Campeonato Mundial de Atletismo.
Os regulamentos do órgão exigem que os atletas tenham um tempo mínimo de reação de 0,10seg registrado eletronicamente antes dos eventos de sprint. Allen teve reação de 0,099seg.
Os críticos argumentam que a regra está ultrapassada, e agora Pihlakoski quer também uma investigação sobre o Campeonato Mundial de Oregon 2022 – no qual eventos de sprint foram marcados por tempos rápidos de reação e um novo recorde mundial nos 100m com barreiras (feminino) –, e ofereceu seu apoio para baixar o tempo.
O pedido de Pihlakoski será examinado primeiro pelo departamento de competição e depois na comissão de competição. Quando a apresentação estiver pronta, o conselho decidirá sobre o assunto, no início de novembro.
A World Athletics informou que é procedimento padrão da Comissão Mundial de Competições de Atletismo, após cada campeonato mundial, rever os padrões da competição e recomendar eventuais mudanças ou atualizações nas regras.
A controvérsia envolvendo Devon Allen nos Estados Unidos somou-se a um debate de longa data na modalidade. Em 2009, o órgão regulador, então conhecido como Associação Internacional das Federações de Atletismo, divulgou resultados de uma pesquisa recomendando redução do tempo mínimo permitido de reação para 0,080 ou 0,085seg. No entanto, a mudança jamais foi feita.