Tema foi discutido por dirigentes do tênis de mesa, canoagem e saltos ornamentais em audiência pública da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados.
Fonte Agência Câmara de Notícias
9 de agosto de 2023 / Curitiba (PR)
Representantes das confederações brasileiras de canoagem, tênis de mesa e saltos ornamentais demonstraram confiança quanto à participação brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e relataram dificuldades financeiras enfrentadas pelas entidades. Os dirigentes participaram, no último dia 2, da quinta audiência pública promovida pela Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados sobre a preparação dos atletas brasileiros para Paris 2024.
O presidente do Comitê Executivo da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), Alaor Gaspar Pinto Azevedo, afirmou que o Brasil pretende ter representantes em Paris nas cinco categorias em disputa: simples masculino e feminino; equipes masculinas e femininas; e duplas mistas.
O dirigente salientou as restrições financeiras que a modalidade enfrenta no Brasil. “O orçamento da federação chinesa de tênis de mesa é de 250 milhões de dólares, mais ou menos igual ao da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – uma realidade bem diferente da nossa”, comparou. Gaspar acrescentou que, ainda assim, os mesatenistas do Brasil contam com verbas específicas para os Jogos e estarão bem preparados para a competição.
Loterias
Secretária-executiva da Confederação Brasileira de Saltos Ornamentais (Saltos Brasil), Paula Vaz informou que a entidade é a mais nova entre a dos esportes olímpicos no País.
Ela reclamou que, embora seja reconhecida pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), ainda não recebe recursos diretos pela Lei das Loterias. “Mas recebemos apoio do COB, principalmente em competições nacionais, entre outros apoios menores”, ponderou.
Paula Vaz acrescentou que a entidade busca ampliar a visibilidade do esporte, “para que haja um interesse maior do público, e a gente consiga também captar empresas interessadas em nos ajudar com recursos”.
Pódio
Por sua vez, Rodrigo Barbosa de Miranda, o diretor-geral da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), disse que a modalidade estabeleceu uma ordem de competições para os atletas enfrentarem em 2023 e 2024, com foco na classificação para os Jogos Olímpicos de Paris. O objetivo, apontou Miranda, é chegar ao pódio em 2024. “É assim que o nosso treinador fala: ‘não diga números, mas diga que a gente vai ao pódio’”, comentou o CEO da CBCa.
A projeção é classificar quatro atletas para a categoria de velocidade e seis na slalom, esta última busca sua primeira medalha em jogos olímpicos.
Na canoagem de velocidade, Isaquias Queiroz conquistou uma medalha de ouro em Tóquio 2020 e duas pratas – uma delas ao lado de Erlon de Sousa – e um bronze na Rio 2016.
Em Paris, Isaquias pode se tornar o maior medalhista brasileiro da história. Se conquistar mais duas, superará as cinco dos velejadores Robert Scheidt (duas de ouro, duas de prata e uma de bronze) e Torben Grael (duas de ouro, uma de prata e duas de bronze).
Excelência esportiva
Os deputados Luiz Lima (PL-RJ), Mauricio do Vôlei (PL-MG) e Delegado da Cunha (PP-SP), autores do requerimento para realização da audiência, acreditam que a participação na Olimpíada de 2024 será um novo teste para o Brasil confirmar sua condição de excelência esportiva no cenário mundial.
O deputado Dr. Luiz Ovando (PP-MS) parabenizou os representantes das confederações e expressou o seu entusiasmo pelas “possibilidades que a gente percebe que estão crescendo em várias modalidades esportivas.”