Comissão técnica da seleção paralímpica fala sobre ferramenta de análise de desempenho

Comissão técnica da seleção paralímpica fala sobre ferramenta de análise de desempenho

Parceria com Stupa Sports Analytics permitiu que treinadores e atletas tivessem relatórios dos jogos e adversários antes da competição

Por Nelson Ayres e José Augusto Assis / CBTM
21 de setembro 2021 / Curitiba (PR)

A Seleção Brasileira paralímpica teve um excelente desempenho na Paralimpíada de Tóquio. Foram três medalhas conquistadas – uma prata e dois bronzes – e um alto nível de tênis de mesa. Um elemento que ajudou na preparação e durante a competição foi a parceria com a empresa internacional Stupa Sport Analytics, que disponibilizou uma plataforma de análise de desempenho para comissão técnica e atletas desde abril deste ano. É o que garantem o coordenador das seleções paralímpicas, Raphael Moreira, e um dos treinadores nos Jogos Tóquio 2020, Andrews Martins.

A ferramenta permitia análises em tempo real dos jogos, dos adversários, dos pontos fortes e fracos de cada atleta, entre outras funcionalidades. Com ela, foi possível levar a delegação para o Japão já com detalhes e estratégias que poderiam ser usadas durante o megaevento, o que ajudou na performance à mesa dos brasileiros. “Eu creio que a Stupa teve parcela nos nossos resultados obtidos em Tóquio tanto nos treinamentos para a competição como durante as disputas”, avaliou Raphael Moreira.

“O feedback dos atletas foi muito positivo, porque a análise na Stupa permite que você veja o jogo já com todas as estatísticas, em qual local o atleta ganhou e perdeu pontos, como ele joga nos finais de sets, por exemplo. Então, desde abril (quando foi firmado o contrato da CBTM com a Stupa Sport Analytics), os treinos passaram a ser mais específicos para enfrentarmos os adversários que poderiam cruzar com os nossos atletas em Tóquio”, complementou.

Andrews Martins foi um dos treinadores que fez a preparação e acompanhou a Seleção Brasileira em Tóquio. Para ele, o aplicativo foi essencial para a elaboração dos treinamentos no final do ciclo paralímpico.

“A Stupa foi fundamental para a programação dos treinos. Desde o começo da utilização do programa, eu dei muito treino baseado nas análises que eu encontrei na Stupa”, disse o técnico. Tanto o treinador como o coordenador das seleções paralímpicas apontaram outro elemento da Stupa que muito ajudou durante os Jogos Paralímpicos. Como em algumas classes não foi possível “prever” o caminho dos brasileiros na competição, o programa foi importante para os atletas e para a comissão técnica terem informações sobre os adversários definidos em sorteio poucos dias antes do início das disputas.

“Era mais difícil saber quais adversários alguns dos nossos atletas iam enfrentar por não serem cabeças de chave ou por terem muitos grupos na classe, então só soubemos quem íamos encarar dois dias antes do início. Mesmo assim, quando foram definidos os grupos, conseguimos fazer análises de acordo com os sorteios para mandarmos aos treinadores. Dessa forma, eles teriam, ao menos, o mínimo de informação dos adversários”, lembrou Raphael Moreira.

“Na Paralimpíada, o aplicativo foi importante depois do sorteio do individual e, principalmente, das equipes, que há confrontos mais aleatórios do que o individual. Naquele momento, recorremos ao Stupa para termos uma visão mais ampla dos adversários e para conseguirmos nos preparar melhor para as situações de jogo”, finalizou Andrews Martins.

Não é superação. É rendimento.

Em comemoração ao Dia Nacional do Atleta Paralímpico, comemorado na quarta-feira, dia 22 de setembro, as Loterias Caixa e a CBTM lançam uma campanha de valorização e incentivo ao esporte paralímpico e seus atletas, sejam de alto rendimento ou lazer.

É sobre esporte.

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