By Dirigente foi convidado para palestrar durante o Campeonato Pan-Americano, no Chile; no Mundial Paralímpico, presidente da CBTM e vice da ITTF foi a principal autoridade do evento
Por Nelson Ayres e Henrique Porto (Fato&Ação) / CBTM
13 de novembro de 2022 / São Paulo (SP)
Não existe colheita sem plantio, assim como é preciso ter coragem para promover mudanças em um mundo que evolui constantemente. Na presidência da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) de forma ininterrupta desde 1995, Alaor Azevedo poderia ter se acomodado na função. Mas não o fez. Em seus últimos mandatos investiu na modernização da entidade, em sua organização administrativa e na melhora da estrutura ofertada aos mesa-tenistas, sejam eles de alto rendimento ou amadores.
Desde 2007 a CBTM assumiu também a gestão do desporto paralímpico, proporcionando um salto de qualidade em seu desenvolvimento. Como resultado, atletas despontaram, títulos apareceram e a gestão do tênis de mesa no Brasil virou estudo de caso pelo globo terrestre afora. Foi o que aconteceu no Chile, na semana passada, quando uma comitiva da entidade marcou presença no Campeonato Pan-Americano, para além de dar suporte aos atletas, compartilhar os motivos do sucesso do tênis de mesa nacional.
“No Chile, fomos convidados para fazer uma apresentação sobre governança. Apresentar o case do tênis de mesa brasileiro e os títulos que ganhamos”, informou Azevedo. “Mostramos como funciona a nossa relação com o Comitê Olímpico do Brasil, o que nos levou a vencer o prêmio Sou do Esporte e o nosso rating do Instituto Ethos”, acrescentou. A apresentação de Alaor Azevedo ocorreu de forma compartilhada com o diretor da entidade, Geraldo Campestrini.
Depois foi a vez de a Espanha conhecer um pouco mais sobre o jeito brasileiro de fazer tênis de mesa. Vice-presidente da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), Azevedo é o responsável pelo tênis de mesa paralímpico em todo o mundo. E, nesta condição, se transformou no primeiro brasileiro a ser a autoridade máxima de um Campeonato Mundial da modalidade.
“Estou realizando um sonho de muitos anos”, confidenciou. “Foram muitas as lutas, sempre mostrando a força do Brasil para o mundo. E agora estou podendo premiar os brasileiros no evento, como também aproveitando os contatos para organizar intercâmbios e outras atividades no Brasil e no exterior”, informou.
Foi através destes contatos, desta influência do bem, que Azevedo recolocou o Brasil no mapa das competições internacionais da modalidade. Passado o tempo do plantio, chegou o momento da colheita. Consolidado o modelo de gestão e os eventos em cenário nacional, chegou a hora de voltar a atrair grandes eventos de tênis de mesa para o Brasil. E primeiro teste ocorreu no Aberto Paralímpico do Brasil, realizado com sucesso no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo (SP), no mês de outubro último. Agora, para 2023 estão previstas a realização de um WTT Youth Contender, um WTT Contender e, possivelmente, outro Aberto Paralímpico.
