Assembleia geral do COB elege novos integrantes dos conselhos Fiscal e de Ética

Assembleia geral do COB elege novos integrantes dos conselhos Fiscal e de Ética

Os onze eleitos vão integrar os órgãos voltados à governança corporativa da entidade a partir deste ano

Por Helena Sbrissia / Global Sports
14 de abril de 2022 / Curitiba (PR)

Realizou-se nesta terça-feira (12) a assembleia geral do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para prestação de contas e eleição dos cinco integrantes do Conselho de Ética – três independentes e dois não independentes – e os seis membros do Conselho Fiscal – três efetivos e três suplentes. Os eleitos irão integrar os órgãos voltados à governança corporativa da entidade até 2026.

Os eleitos ao Conselho de Ética foram: Humberto Aparecido Panzetti, Ney de Barros Bello Filho e Guilherme Faria da Silva (independentes) e Joanna de Albuquerque Maranhão Bezerra de Melo e Sami Arap Sobrinho (não independentes). Para o Conselho Fiscal, foram eleitos os efetivos Bianca de Azevedo, Ângelo Moniz Freire Vivacqua e Sebastião Dantas Ramos e os suplentes Marcus de Carvalho Mussa Gaze, Guilherme de Oliveira Campos e Marcos José de Carvalho Neto.

Participaram da assembleia geral e da eleição representantes de 32 confederações brasileiras olímpicas, 17 membros da Comissão de Atletas do COB e dois membros do Comitê Olímpico Internacional (COI). O pleito foi conduzido pelo Comitê de Assessoramento para Assuntos Eleitorais, composto por Alberto Maciel Júnior, presidente da Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD), Yane Marques, presidente da Comissão de Atletas do COB, e Bernard Rajzman, membro do COI.

Duas cadeiras independentes foram ocupadas por membros reeleitos: Humberto Panzetti, vice-presidente do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região/São Paulo (CREF4/SP), que tem uma trajetória ligada à luta de braço e à gestão de diversos órgãos esportivos; e Ney Bello, desembargador federal do TRF1, cotado, para assumir uma cadeira no STJ. A terceira vaga foi ocupada pelo estreante Guilherme Faria da Silva, tenente-coronel ligado ao vice-presidente do COB Marco La Porta.

Plenária da assembleia geral do COB © Rafael Bello/COB

Recordista em votos, Panzetti afirmou que a votação foi representativa. “O resultado, primeiro, me trouxe um sentimento de muito orgulho. O Conselho de Ética é muito importante porque fica atento às condutas de todos os gestores da estrutura do COB, respaldado pela Carta Olímpica e pelo seu estatuto. Fico feliz de ter participado desse pleito, com uma votação representativa, tendo um colégio eleitoral formado por 32 presidentes de confederações, 17 atletas e dois representantes do COI”, afirmou Panzetti.

As cadeiras não independentes foram ocupadas por Joanna Maranhão, a primeira mulher e primeira ex-atleta a fazer parte do Conselho de Ética autônomo do COB, e Sami Arap Sobrinho, ex-presidente da Confederação Brasileira de Rugby. As candidaturas aos postos passaram por um processo rígido de análise de integridade, respaldado por uma verificação externa e uma análise do Compliance, do Comitê de Integridade e do Conselho de Ética. O mandato dos conselheiros no órgão, criado em 2018, é de cinco anos.

“A transparência é um dos pilares da nossa administração. Então, a aprovação das contas foi muito tranquila. Tudo muito claro, apenas arguições sobre detalhes técnicos, nada que atrapalhasse o brilho da prestação feita pelas diretorias administrativa e financeira e do relatório muito bem elaborado por todas as áreas. Agora é foco total em 2022, um ano bastante promissor para nós”, disse o presidente Paulo Wanderley.

Nas vagas independentes do Conselho de Ética, Humberto Panzetti recebeu 42 votos; Ney Bello, 35 votos e Guilherme Faria da Silva, 30. Já Guilherme Augusto Caputo Bastos, com 19 votos, Alberto Murray Neto, com 18, e Eduardo Fischer, com seis, não foram eleitos. Nas vagas não independentes, Joanna Maranhão recebeu 43 votos e Sami Arap Sobrinho, 31. Bernardino Santi, com 24 votos, não foi eleito.

Recordista em votos, para o Conselho de Ética, Humberto Panzetti afirmou que a votação foi representativa © Paulo Pinto / Global Sports

“Assumo a responsabilidade junto a esses 42 votos que recebi, para dar meu máximo e entregar todo o meu conhecimento e minha experiência dentro dessa nobre função da estrutura do olimpismo nacional. O que eu tenho a dizer é justamente isso, sou uma pessoa determinada, busco sempre atuar nas ações em que me envolvo com muita dedicação e fico muito feliz, porque tomo esse resultado por passar a confiança de poder exercer uma função tão importante”, completou Panzetti.

Segundo Paulo Wanderley, a eleição transcorreu em clima de tranquilidade, com participação maciça das confederações, representantes dos atletas e membros do COI. “Espero que os novos membros, alguns reconduzidos ao cargo, continuem exercendo o trabalho que estavam fazendo, atuando com independência como órgãos fiscalizadores”, disse.

O Conselho de Ética é o órgão responsável por definir os parâmetros éticos esperados pelo COB e seus agentes, baseando-se sempre nos princípios e valores da Carta Olímpica e do Código de Ética do próprio COI no que se refere a uma administração pública de qualidade e uma gestão democrática. O conselho também é responsável por julgar denúncias de descumprimento desses princípios. Se necessário, seus integrantes podem punir ou propor punições aos órgãos competentes.

O Conselho Fiscal tem como competências examinar os documentos da receita e da despesa e os balanços mensais da entidade. Além disso, dá parecer sobre esses balanços e as demonstrações financeiras, homologa o orçamento do ano seguinte e também dá parecer, por solicitação do Conselho de Administração, sobre a alienação de imóveis ou gravação deles com ônus real, dentre outras funções.

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