By Reconhecimento da qualidade do profissional mostra que o novo presidente, Marco La Porta, prioriza o esporte, e não a política.
Por Paulo Pinto / Global Sports
26 de janeiro de 2025 / Curitiba, PR
Responsável por liderar os resultados recordes do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 e nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, Jorge Bichara retorna ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) num momento estratégico. Sua demissão em março de 2022, pelo então presidente Paulo Wanderley Teixeira, causou surpresa e polêmica, com alegações nos bastidores de que o diretor técnico apoiava grupos de dirigentes opositores ao mandatário.
Se naquele momento Bichara ficou surpreso com uma decisão que contrariou todos os prognósticos, agora são os profissionais e amantes do esporte olímpico que celebram a objetividade e a visão estratégica de Marco La Porta. Ao reconduzir um profissional com tamanha expertise para um cargo tão relevante, o atual presidente do COB reafirma seu compromisso com a excelência e o desenvolvimento do esporte nacional, rejeitando políticas mesquinhas e práticas de perpetuação no poder.
Uma vida dedicada ao esporte
Jorge Bichara é formado em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduado em administração esportiva pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Iniciou sua trajetória profissional no atletismo, atuando entre 1996 e 2004, período em que exerceu o cargo de diretor técnico da Federação de Atletismo do Rio de Janeiro.
Ele ingressou no COB em 2005 como gerente de planejamento e desempenhou papéis-chave na entidade, como gerente-geral de desenvolvimento e projetos especiais e gerente-geral do Alto Rendimento, até assumir a Diretoria de Esportes em 2017. Durante sua gestão, o Brasil alcançou resultados históricos, incluindo o recorde de medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 e nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, quando o Time Brasil conquistou 21 medalhas, sendo sete de ouro, seis de prata e oito de bronze.
Com larga experiência em gestão esportiva, Bichara também passou por confederações, federações e clubes, consolidando-se como um dos principais gestores do esporte olímpico brasileiro.
Acordo entre COB e CBV garante transição estratégica
Em janeiro de 2023, Bichara assumiu o cargo de diretor técnico da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Contudo, nesta quarta-feira (22), foi anunciado um acordo entre o COB e a CBV para que ele acumule temporariamente as funções, dividindo-se entre as duas instituições até o fim da temporada de seleções do vôlei. Durante esse período, a Diretoria de Esportes do COB será ocupada interinamente por Emanuel Rego, diretor-geral do COB.
“Agradeço ao presidente da CBV, Radamés Lattari, pela parceria que demonstra o quanto ele é comprometido com o melhor do esporte brasileiro”, afirmou Marco La Porta. “Sempre desejamos ter o Bichara como parte de nossa equipe, já que ele traz consigo todo o planejamento, organização e conhecimento que entregou ao Time Brasil em sua primeira passagem. Queremos que o Brasil se desenvolva na direção de se tornar uma nação esportiva e ampliar seu potencial de alto rendimento, e não temos dúvidas de que Bichara é o nome certo para a função.”
Compromisso de Bichara
Jorge Bichara também falou sobre sua nova função. “Espero contribuir para estruturar o esporte olímpico brasileiro em parceria com as confederações, formando novas gerações de atletas que representarão o Brasil da melhor forma possível. A CBV me recebeu de forma fantástica, e estamos construindo um novo momento para a modalidade no Brasil, com renovação de atletas e avanços nas competições. Sou grato aos presidentes Radamés Lattari e Marco La Porta por entenderem a importância desse período de transição.”
Com a experiência acumulada e sua dedicação ao esporte olímpico, Jorge Bichara reforça a aposta do COB numa gestão focada na meritocracia, no planejamento estratégico e na formação de um legado sustentável para o esporte brasileiro.
Ao longo de sua carreira, Jorge Bichara tem sido reconhecido por sua capacidade de planejamento estratégico e desenvolvimento do esporte de alto rendimento no Brasil. Seu retorno ao COB é visto como uma iniciativa para fortalecer ainda mais o esporte olímpico nacional, visando a futuras conquistas e à formação de novas gerações de atletas.
