Alessandro Silva mantém hegemonia no lançamento de disco e é bicampeão nos Jogos de Tóquio com recorde paralímpico

Alessandro Silva mantém hegemonia no lançamento de disco e é bicampeão nos Jogos de Tóquio com recorde paralímpico

Alessandro alcançou a marca de 43,16m que lhe garantiu a medalha de ouro e o novo recorde paralímpico da categoria F11 do lançamento de disco

Por CPB
4 de setembro de 2021 / Curitiba (PR)

O paulista Alessandro Silva, 37 anos, conquistou a medalha de ouro no lançamento de disco F11 (para atletas cegos) já na madrugada desta quinta-feira (2), no estádio Olímpico do Japão, em Tóquio. O lançador de Santo André ficou com o primeiro lugar no pódio após quebrar o seu próprio recorde paralímpico com a marca de 43,16 – a marca anterior era de 43,06m.

Esta é a segunda medalha do atleta nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 – já havia conquistado a prata no arremesso de peso F11, conquistada no sábado (30).

Alessandro era o favorito da prova, já que havia conquistado a medalha de ouro em todas as principais competições do último ciclo paralímpico. Foi campeão no lançamento de disco nos dois Mundiais da modalidade (Londres 2017 e Dubai 2019), no Parapan de Toronto 2015 e de Lima 2019, além do ouro nos Jogos do Rio 2016.

“Pressão e chuva! Tudo isso deu mais emoção para esta conquista. O Ayrton Senna ganhava na chuva e tem muito brasileiro que trabalha todo dia na chuva. A gente tem que se espelhar nessas pessoas”, disse o medalhista.

O atual campeão paralímpico e mundial do arremesso de disco confirmou o seu favoritismo com os cinco melhores lançamentos da prova, mas foi no segundo arremesso que o atleta quebrou o recorde paralímpico. A medalha de prata ficou para o iraniano Mahdi Olad e o terceiro lugar para o italiano Oney Tapia.

“Mais um ouro. Um bicampeonato paralímpico! Estou muito feliz, graças a Deus e a todos os brasileiros que me ajudaram a tornar meu sonho realidade. Rumo a Paris tentar o tricampeonato”, comemorou.

Com este ouro, o atletismo soma 19 medalhas em Tóquio, isso porque, Marivana Oliveira, ficou com a prata na final do arremesso de peso feminino F35 (paralisia cerebral) e Mateus Evangelista com o bronze no salto em distância na categoria T37 (paralisia cerebral).

Ao todo, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, o Brasil tem 16 medalhas de ouro, 13 de prata e 22 de bronze. No total de 51 medalhas e a sétima colocação no ranking de medalhas. A China lidera com 69 ouros e 149 medalhas, com o Comitê Paralímpico Russo em seguida, com 89 medalhas, sendo 32 de ouro, e a Grã-Bretanha, em terceiro lugar, com 30 medalhas de ouro e um total de 86 medalhas.

História: Alessandro se tornou deficiente visual total por conta da toxoplasmose. Conheceu o esporte paralímpico por meio de um ex-professor que o apresentou à prova de arremesso.

Principais conquistas: Ouro no lançamento de disco e bronze no arremesso de peso no Mundial Dubai 2019; ouro no lançamento de peso e no lançamento de disco nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; ouro no lançamento de disco no Mundial Londres 2017; ouro no lançamento de disco nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; dois ouros no arremesso de peso e lançamento de disco nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015.

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