Na final da espada, o gaúcho enfrentou o russo Alexander Kuzyukov e cumpriu a promessa que fez aos filhos de trazer uma medalha para o Brasil
Fonte GHZ e GE
26 de agosto de 2021 / Curitiba (PR)
Promessa é dívida. Pelo menos para o esgrimista gaúcho Jovane Guissone, medalhista de prata na espada pela esgrima em cadeira de rodas nas Paralimpíadas de Tóquio. Nesta quinta-feira (26), poucas horas antes de começar sua trajetória na competição, recebeu um pedido de aniversário do filho Jovane Júnior: a medalha, que já havia sido prometida para suas duas irmãs, Alice e Cecília, de apenas 3 meses.
Jovane Guissone angariou a medalha olímpica na disputa da categoria B da espada no evento de esgrima de cadeira de rodas. O brasileiro enfrentou o russo Alexander Kuzyukov na final da categoria para atletas com menor mobilidade no tronco e equilíbrio. Na disputa realizada no Makuhari Messe Hall, em Chiba, Kuzyukov começou melhor e fez 2 a 0. Jovane chegou a diminuir a vantagem do adversário, mas o russo logo abriu 8 a 2 e não correu mais riscos. Kuzyukov aumentou ainda mais a diferença na liderança, para 11 a 3, e dificultou a vida do brasileiro, que é o segundo colocado no ranking mundial, e acabou sendo batido por 15 a 8.
“Estou muito feliz pelo dia de hoje. Meu objetivo era trabalhar bastante para chegar aqui em Tóquio, fazer o meu melhor e garantir mais uma medalha para o Brasil. Feliz, jogando solto e colocando em prática tudo aquilo que treinei. Voltar com uma medalha no peito é resultado de muita dedicação. Agradeço demais a todo mundo que torceu por mim durante a madrugada. Graças a Deus, isso aconteceu. É fruto de muito trabalho meu, da equipe toda e da minha família, que sempre me apoiou”, declara Guissone.
O esgrimista gaúcho ainda pode sair de Tóquio com mais uma medalha. Ele volta a atuar na sexta (27), a partir das 21h, para disputar a competição de sua segunda arma: o florete, na categoria B. Caso suba ao pódio, terá “entregado” uma medalha olímpica para cada filho. Isso porque em Londres, em 2012, Guissone conquistou o ouro, a primeira medalha paralímpica da esgrima em cadeira de rodas do Brasil.