Pequim sediará a Olimpíada a partir de 2 de fevereiro, mas as colinas marrons ao redor de Pequim e em outros locais de competição não estarão devidamente cobertos de neve
Por Albee Zhang e Ryan Woo / Agência Brasil
23 de novembro de 2021 / Curitiba (PR)
Nas colinas marrons ao redor da essencialmente árida Pequim e em outros locais de competição da Olimpíada de Inverno, a China produzirá grandes quantidades de neve artificial para cobrir pistas de esqui e rampas de salto, mas há uma coisa que o país ainda é incapaz de fazer: equipamento de produção de neve de qualidade.
Os padrões domésticos de equipamentos de produção de gelo e neve são “basicamente inexistentes”, lamentou o Ministério da Indústria e da Tecnologia de Informação chinês em um comunicado na quarta-feira (17), e o setor é “dominado principalmente por marcas estrangeiras.”
Nomes europeus têm uma fatia de 60% da cadeia global de suprimentos de esportes de inverno, e empresas dos Estados Unidos ficam com 30%, de acordo com estimativas do setor.
É “urgente” que a China crie um grupo de trabalho especial para conceber e promover padrões de produção para equipamentos como máquinas de neve, máquinas de limpeza de neve e veículos de neve para todos os terrenos, disse o ministério. O foco será a produção de equipamentos de nível intermediário e de alta qualidade, acrescentou a pasta.
A China espera transformar 300 milhões de pessoas em esquiadores e snowboarders nos próximos anos e vislumbra um setor que espera chegar ao equivalente a US$ 149,2 bilhões (o equivalente a R$ 777,9 bilhões) até 2025.
Pequim, a enorme capital da República Popular da China sedia os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno de 2022 entre 4 e 20 de fevereiro.