Parataekwondo estreia nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020

Parataekwondo estreia nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020

O parataekwondo terá três representantes brasileiros em busca da medalha de ouro: Débora Menezes, Silvana Fernandes e Nathan Torquato

Fonte Giulia Ciccarelli / CBTKD
10 de agosto de 2021 / Curitiba (PR)

O parataekwondo fará parte da lista de modalidades dos Jogos Paralímpicos pela primeira vez na história. O Brasil será representado nesse esporte, que antes era difundido apenas como olímpico, por Débora Menezes, Silvana Fernandes e Nathan Torquato. Ao todo, os atletas paralímpicos competem por medalhas em 23 modalidades. Entre elas, apenas duas não compõem a lista dos Jogos Olímpicos: bocha e goallball. Além disso, por conta da inclusão, as medalhas paralímpicas trazem inscrições em braile.

No Rio 2016, outra novidade espetacular surgiu: as medalhas dadas aos deficientes visuais tinham guizos. Assim, quando os atletas as recebiam, podiam “ouvir o som da conquista”. O Comitê Paralímpico Internacional se preocupou, ainda, em distinguir os sons entre as medalhas de ouro, prata e bronze.

Nos esportes paralímpicos, os atletas são divididos em classes, de acordo com o grau de severidade de cada deficiência. Quanto mais baixos os números na classificação, maior o grau de comprometimento da deficiência do atleta. Por exemplo, na natação, são 14 classes divididas da seguinte forma:

  • 1 a 10: atletas com limitações físico-motoras (sendo os atletas da classe 1 aqueles que possuem deficiências mais severas);
  • 11 a 13: atletas com deficiência visual;
  • 14: atletas com deficiência intelectual.
Comissão técnica da seleção brasileira paralímpica composta pelos coordenadores técnicos Alan Nascimento e Rodrigo Ferla e a fisioterapeuta Elisa Pilarski © Divulgação CBTKD

As classes esportivas do taekwondo são definidas pela letra P (poonse – forma) e K (kiorugui – luta). A modalidade de poonse é disputada por atletas com deficiência visual – P10, deficiência intelectual – P20, deficiência física – P30 e baixa estatura – P70. A classe KP60 é para surdos. A modalidade kiorugui é para deficientes físicos – K40. As classes que fazem parte do programa paralímpico são as K43 e K44; atletas da classe K43 podem competir na classe K44.

Além dessa divisão de classes, os atletas são classificados pelas categorias de peso. Para as mulheres, 49kg, 58kg e acima de 58kg; para os homens, 61kg, 75kg e acima de 75kg.

Nos Jogos Paralímpicos a distribuição de medalhas é maior porque existem mais classes competindo em cada modalidade. A natação paralímpica, por exemplo, distribui 152 medalhas de ouro. Todo esse sistema de classificação foi criado para tornar a competição mais justa.

Espírito paralímpico

O símbolo das Paralimpíadas são três agitos nas cores vermelha, azul e verde, que significam, em latim, “eu me movo”, e expressam o movimento em linhas assimétricas. Ele foi criado pela agência Scholz & Friends e aprovado em abril de 2003. O grande objetivo desse simbolismo é demonstrar o papel do Comitê Paralímpico Internacional em juntar atletas de todos os cantos do mundo em prol da competição saudável.

Já as cores escolhidas foram as mais comumente utilizadas nas bandeiras de todos os países. Essa forma simboliza a visão paralímpica de permitir que atletas consigam alcançar a excelência no esporte para inspirar o mundo.

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