Após quase uma década afastado do cenário internacional da modalidade, presidente da CBJ reencontra lideranças e projeta um novo ciclo de fortalecimento para o judô mundial.
Por Paulo Pinto / Global Sports
Curitiba, 12 de maio de 2025
A Federação Internacional de Judô (FIJ) realizou nesta quarta-feira (11) o seu Congresso Ordinário de 2025, reunindo lideranças de todos os continentes no histórico Várkert Bazár, em Budapeste. Em pauta, a renovação do Comitê Executivo e a recondução de Marius Vizer à presidência da entidade — agora em seu sexto mandato consecutivo, ratificado por aclamação.
Entre os participantes estava o professor Paulo Wanderley Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), que voltou a representar oficialmente o Brasil no cenário internacional da modalidade, após oito anos à frente do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Ao lado de Kenji Saito, diretor-geral da CBJ, Wanderley acompanhou de perto os debates estratégicos que definirão os rumos do judô no ciclo até Los Angeles 2028.

“O congresso foi extremamente produtivo, inspirador e nos permitiu um diálogo com as principais lideranças do judô. Eventos como esse reforçam a importância da cooperação internacional para o desenvolvimento técnico, esportivo e institucional da nossa modalidade em todas as esferas”, destacou.
“Reconexão com os valores do judô e os desafios contemporâneos.”
Durante o congresso, foram apresentados e aprovados relatórios de gestão, análises das comissões técnicas, balanços das uniões continentais, projetos de inovação tecnológica e homenagens a personalidades que têm contribuído com o desenvolvimento global do judô.
Para Paulo Wanderley, o reencontro com esse ecossistema de governança esportiva marcou também um momento de reflexão sobre o papel do judô na sociedade contemporânea.
“Foi uma experiência muito gratificante. Voltar a esse ambiente, reencontrar lideranças que acompanhei ao longo da minha trajetória e perceber o quanto o judô evoluiu nesse período foi muito positivo. Mais do que networking e o encontro em si, foi um momento de reconexão com os valores universais do judô e com os desafios contemporâneos da modalidade. Ver de perto o empenho coletivo em tornar o judô cada vez mais acessível, tecnológico e relevante reafirmou minha convicção de que estamos no caminho certo.”
A liderança de Marius Vizer e a projeção de um novo ciclo global
Com uma trajetória de longa convivência com o presidente da FIJ, Paulo Wanderley recordou momentos decisivos que acompanharam a ascensão de Vizer ao comando do judô mundial e destacou o significado simbólico e estratégico de sua nova reeleição.

“Tive a oportunidade de presenciar por duas vezes a eleição do presidente Marius Vizer no Rio de Janeiro — a primeira, no Mundial de 2007, e a segunda, em 2013. Agora, para mais um mandato à frente da Federação Internacional de Judô, acredito que isso é fruto de uma gestão sólida, marcada por resultados consistentes e por uma visão estratégica que tem impulsionado o desenvolvimento do judô em escala mundial.”
“Confiamos que este novo ciclo será ainda mais promissor, reforçando os laços entre as federações nacionais, ampliando o acesso ao judô nos mais diversos contextos e consolidando nossa modalidade como uma ferramenta de educação, cidadania e transformação”, afirmou Paulo Wanderley ao encerrar sua participação no Congresso da FIJ.