Outros 41 manifestantes receberam sentenças de morte nos últimos meses, de acordo com declarações de autoridades iranianas, mas o número pode ser muito maior
Por Artemis Moshtaghian, Sahar Akbarzai, Tara Subramaniam, Jomana Karadsheh e Niamh Kennedy / CNN
7 de janeiro de 2023 / Curitiba (PR)
As execuções neste sábado de dois jovens no Irã, um campeão de karatê e o um treinador voluntário de crianças e jovens, ligadas aos protestos em todo o país, provocaram indignação em todo o mundo.
O número total de mortes ligadas aos protestos que varreram o país desde a morte da iraniana curda Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia policial em 16 de setembro, chegou a quatro.
Mohammad Mehdi Karami e Seyed Mohammad Hosseini foram enforcados na manhã de sábado, informou a agência estatal Fars News. A dupla, que supostamente participou de protestos contra o regime no ano passado, foi condenada pelo assassinato de Seyed Ruhollah Ajamian, membro da força paramilitar Basij do país, em Karaj em 3 de novembro, segundo a agência de notícias judiciária do Irã, Mizan.
Mohammad Hossein Aghasi, um advogado que defende Karami, postou no Twitter no sábado dizendo que Karami não recebeu os direitos finais de falar com sua família antes de sua execução. O advogado acrescentou que Karami iniciou uma greve de fome na quarta-feira como uma forma de protesto contra as autoridades por não permitirem que Aghasi o representasse.
Outros 41 manifestantes receberam sentenças de morte nos últimos meses, de acordo com declarações de autoridades iranianas e na mídia iraniana analisada pela CNN e 1500Tasvir, mas o número pode ser muito maior.