Cerimônia marcou a colocação da placa que eterniza o legado deixado pelo atleta brasileiro no Centro Esportivo Tietê, antigo Clube de Regatas
Fonte CBAt
2 de outubro 2021 / Curitiba (PR)
A Placa do Patrimônio Mundial do Atletismo (World Athletics Heritage Plaque), homenagem a Adhemar Ferreira da Silva, o único atleta sul-americano bicampeão olímpico, chegou ao seu destino: o Centro Esportivo Tietê, em São Paulo. A placa foi entregue na quarta-feira (29), data em que Adhemar completaria 94 anos, para a Secretaria Municipal de Esporte da cidade de São Paulo pelo presidente da Confederação Sul-Americana de Atletismo Hélio Gesta de Melo e o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) Wlamir Motta Campos.
A homenagem refere-se ao primeiro recorde mundial obtido pelo brasileiro no salto triplo em 3 de dezembro de 1950, no Clube de Regatas Tietê, com 16,00m, igualando a marca do japonês Naoto Tajima, obtida em 1933. A marca completará 71 anos. A homenagem do Departamento de Legado da World Athletics, na categoria lenda, foi vinculada a um local, o Centro Esportivo Tietê, o mesmo lugar onde funcionou o Clube de Regatas Tietê, fundado em 1907.
Adhemar bateu cinco vezes o recorde mundial e ganhou duas medalhas de ouro nos Jogos de Helsinque 1952 e de Melbourne 1956. Ele integra o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil.
Adyel da Silva, filha de Adhemar Ferreira da Silva, foi convidada especial na cerimônia de entrega da placa que teve as presenças de Thiago Milhim, secretário municipal de esportes e lazer; Hélio Gesta de Melo, presidente da Confederação Sul-Americana; Wlamir Motta Campos, presidente do Conselho de Administração da CBAt; Edson Luciano Ribeiro, vice-presidente da CBAt; Cláudio Castilho, diretor executivo da CBAt; Elisângela Adriano, presidente do Comitê Feminino; Rogério Bispo, vice-presidente da Federação Paulista de Atletismo; e treinadores como Tânia Moura e Neílton Moura, entre outros.
A World Athletics vem prestando homenagens a atletas, desempenhos, instituições e competições que fizeram a história do atletismo mundial. O Brasil está entre os homenageados. Além de Adhemar Ferreira da Silva, o seu treinador Dietrich Gerner e a Corrida Internacional de São Silvestre também estão entre os reconhecidos com placas de Patrimônio Mundial do Atletismo.
“O Adhemar é o único sul-americano com duas medalhas de ouro olímpicas. Tudo o que for feito para homenagear os seus feitos é bem-vindo e merecido. É uma honra participar dessa homenagem a um feito de 70 anos”, disse Hélio Gesta de Melo.
“O Adhemar Ferreira da Silva é o único sul-americano a receber essa homenagem, mostra o quão gigante foi. É importante reconhecermos e enaltecermos o feito e respeitarmos a história. O recorde foi batido no Clube de Regatas Tietê, há quase 71 anos. Considero o Adhemar Ferreira uma bússola do atletismo mundial, temos de seguir pautados nele que, além de um grande atleta, foi o primeiro bicampeão olímpico do Brasil, se graduou em quatro universidades, era poliglota, um ídolo, referência em vários países”, disse Wlamir Motta Campos, presidente do Conselho de Administração da CBAt.
“Esta é uma homenagem ao que existe de melhor no atletismo nacional. Se não valorizarmos os nossos ídolos do passado não teremos nenhuma perspectiva de futuro”, acrescentou Wlamir.
O dirigente lembrou que 29 de setembro é a data de nascimento de Adhemar Ferreira da Silva. E aproveitou para parabenizar também o presidente da World Athletics, Sebastian Coe, que completa 65 anos na mesma data.
A placa em homenagem ao bicampeão olímpico foi criada por um designer brasileiro, o amazonense Fernando Silva, que venceu um concurso mundial promovido pela World Athletics. Como prêmio, ele ganhou o direito de assistir, com um acompanhante, as disputas do Campeonato Mundial de Doha, Catar, em 2019.
Também figuram na lista de homenageados pela World Athletics lendas do atletismo como Jesse Owens, Emil Zatopk, Paavo Nurmi, Fanny Blankers-Koen e Abebe Bikila, além de competições como as maratonas de Boston, Penn Relays e o Memorial Van Damme, entre outras.