Marroquino Ayoub Sadni, que liderou as eliminatórias, sobra na final dos 400m com 47s38
Por GE
7 de setembro de 2021 / Curitiba (PR)
Uma prova espetacular terminou com prata e bronze para o Brasil. Thomaz de Moraes fez a melhor marca da vida, e Petrúcio Ferreira alcançou o melhor dele na temporada (47s87 e 48s04, respectivamente), selando o pódio duplo nos 400m da classe T47, para atletas com deficiências nos membros superiores.
O ouro ficou com o marroquino Ayoub Sadni, que havia liderado as classificatórias e quebrou o recorde mundial com 47s38. Outro brasileiro na final, Lucas Lima terminou em sétimo lugar com 50s11.
Com estas conquistas, o Brasil fechou a sessão noturna deste sábado com quatro medalhas no atletismo. Mais cedo Thalita Simplício e Jerusa Geber também conquistaram prata e bronze, respectivamente, nos 200m T11, para atletas deficientes visuais.
A final começou a se desenhar ainda na fase classificatória. O mais veloz nela foi o marroquino Ayoub Sadni, que completou a volta em 47s82, melhor marca da vida dele. Petrúcio foi o segundo na bateria, com 49s76, e também se classificou diretamente. Lucas Lima chegou em quinto nesta tomada, mas passou por tempo com 50s31. A segunda bateria foi um pouco mais fraca, e Thomaz de Moraes liderou tranquilo, sendo o único a completar a volta abaixo dos 50 segundos: cravou 49s95.
A final foi disputada debaixo de bastante chuva. Atual campeão mundial da prova, Petrúcio foi corrida no sacrifício, recuperando-se de uma lesão no músculo posterior. Saiu bem, mas antes da primeira metade da volta viu Sadni se distanciar. Em uma das raias externas, Thomaz se manteve forte na prova até a última curva, quando o marroquino despontou.
Petrúcio pressionou o compatriota, mas não teve forças para beliscar a prata. Ela estava em ótimas mãos, também brasileiras. Sadni, irreparável, cruzou a linha em incríveis 47s38, quebrando o recorde mundial que pertencia ao australiano Heath Francis (47s68) desde 2008.