Paulista Alana Maldonado rompe tabu e conquista o primeiro ouro feminino do judô paralímpico

Paulista Alana Maldonado rompe tabu e conquista o primeiro ouro feminino do judô paralímpico

Judoca peso médio de Tupã (SP) venceu Ina Kaldani, da Geórgia, para conquistar sua segunda medalha paralímpica e a primeira de ouro

Fonte GE
29 de agosto de 2021 / Curitiba (PR)

Maior judoca paralímpica do Brasil, Alana Maldonado alcançou neste domingo (29) a tão sonhada medalha de ouro. Lutando na categoria até 70kg, a brasileira da classe B2 (para atletas com percepção de vultos) venceu três lutas, a última delas na final, contra a georgiana Ina Kaldani. O ouro é o primeiro de uma mulher brasileira no judô paralímpico.

“Não caiu a ficha dessa imensidão. Queria fazer história, conquistar o primeiro ouro feminino do judô, assim como foi com o título Mundial. Só tenho a agradecer a todos que me apoiaram na realização desse sonho”, disse Alana ao SporTV.

A judoca, de 26 anos, nasceu em Tupã, no interior de São Paulo, lutou judô durante toda a mocidade, e só passou a competir no esporte paralímpico na universidade, em 2014. Atleta da Sociedade Esportiva Palmeiras, Maldonado eventualmente ainda participa de competições no judô convencional, uma vez que tem parte da visão, o que no movimento paralímpico lhe dá vantagem contra cegas. O judô paralímpico não faz distinção entre atletas B2 e B3 (cegos).

Dona de um judô vibrante, Alana é a primeira judoca brasileira campeã paralímpica © Matsui Mikihito / CPB

“Agradeço a toda a minha família e à comissão técnica, que estiveram sempre do meu lado neste ciclo tão difícil. Sou outra atleta em relação aos Jogos do Rio. No Brasil, estava do lado dos meus amigos e da minha família. Agora, fui campeã na terra do judô. Obrigado a todos que torceram. Esta medalha não é só minha. É de todos”, disse Alana.

O caminho da brasileira até o lugar mais alto do pódio contou com uma vitória nas quartas de final sobre a italiana Matilde Lauria, e demorou apenas sete segundos para liquidar o confronto. Na semifinal, Alana venceu a luta com a turca Raziye Ulucam por ippon, aos 1min37s de combate. Sem grandes dificuldades em Tóquio, a judoca que iniciou sua trajetória na Associação de Judô Acert de Tupã, se consagra como um dos maiores nomes do judô paralímpico brasileiro.

A atleta da Sociedade Esportiva Palmeiras luta pela classe B2 na categoria até 70kg © Matsui Mikihito / CPB

Alana chegou no Japão cotada para uma medalha, por ser campeã mundial e a primeira no ranking de sua categoria. Além disso, na última etapa de preparação para Tóquio ela conquistou a medalha de prata no Grand Prix de Warwick, na Inglaterra. Nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, a brasileira sagrou-se vice-campeã paralímpica.

A conquista dourada entra para o acervo de feitos da atleta. Em 2019, Alana foi prata no Parapan de Lima. Também foi ouro no campeonato mundial de 2018 em Portugal, além de ter conquistado a prata na copa do mundo de 2018 na Turquia. A judoca peso médio ainda acumula mais uma medalha de prata do Parapan de Toronto, e um ouro nas Copas do Mundo de 2017 e 2019 no Uzbequistão.

Indubitavelmente, Alana Maldonado possui um retrospecto extremamente expressivo que a consagra como um dos maiores fenômenos da modalidade.

 

 

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