By Baiano finalizou a prova de C1 1000m em 4:04.408 e se consagrou como um dos grandes nomes do esporte nacional ao angariar seu primeiro ouro olímpico
Por Helena Sbrissia / Global Sports
7 de agosto de 2021 / Curitiba (PR)
Neste sábado (7), Isaquias Queiroz consagrou de vez o seu nome no esporte olímpico que defende pelo Brasil ao ganhar a medalha de ouro na prova de C1 1000m. Com um tempo de 4:04.408, o baiano, que é, atualmente, campeão mundial da categoria, agora soma quatro honras olímpicas em toda a sua carreira. Esse, contudo, foi o primeiro ouro.
No Rio, em 2016, Isaquias conseguiu o feito histórico de subir ao pódio três vezes numa única edição – o primeiro brasileiro a fazer isso. Suas duas pratas e seu bronze juntaram-se à coleção de 12 pódios em campeonatos mundiais (seis ouros) e outros quatro em Jogos Pan-Americanos (três ouros).
“Quando passei dos 500 metros, eu tive essa certeza de que venceria, porque eu estava descansado, ainda com gás, e vi que os atletas da esquerda estavam para trás; só o chinês não. Deixei o barco andar e descansar. Quando passou a marca dos 500, botei mais ritmo e, nos 200, não tinha mais dúvida nenhuma: ninguém mais tira”, disse Isaquias em entrevista após a prova.
Durante toda a competição, o canoísta foi dominante. Mesmo nas eliminatórias ele deu tudo de si, fazendo o melhor tempo entre os competidores e avançando diretamente e sem dificuldades para a semifinal – pulando a etapa das quartas. Completaram o pódio o chinês Liu Hao, com 4:05.724, e o moldávio Serghei Tarnovschi, com 4:06.069.
As premiações de um campeão olímpico
Após vencer e conquistar a medalha de ouro, no Canal Sea Forest, às margens da baía de Tóquio, Isaquias receberá um bônus pela incrível façanha e uma licença estendida para se recuperar dos esforços necessários para chegar à maior glória olímpica.
Segundo as estimativas, o baiano receberá R$ 80 mil da CBCa e R$ 250 mil do COB, o que soma R$ 330 mil. No Rio 2016, quando recebeu três medalhas, faturou pouco mais da metade: R$ 132 mil.
Isaquias assume o terceiro lugar no quadro geral de atletas brasileiros e número de medalhas. Fica atrás dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, que têm cinco medalhas cada.
“Tenho de treinar bastante para conquistar mais duas medalhas em Paris e passar. Mas o Robert Scheidt e o Torben Grael são heróis nacionais, não tem como apagar a história deles. Ainda que eu passe em medalhas, eles foram inspiração para nós brasileiros. Para mim é um prazer disputar com eles no quadro”, afirmou Isaquias, já com o ouro no peito.
