Reunião foi realizada de forma virtual e reuniu os principais representantes do Movimento Olímpico do mundo
Fonte COI
14 de dezembro de 2021 / Curitiba (PR)
No sábado (11), foi realizada a 10ª edição da Cúpula Olímpica em Lausanne, na Suíça, sede do Comitê Olímpico Internacional. Nela, se reuniram os principais representantes do Movimento Olímpico virtualmente, presididos por Thomas Bach, para dialogar sobre temas significativos para o futuro dos esportes olímpicos.
Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram muito apreciados por conta do sucesso esmagador no que diz respeito aos atletas, ao público mundial e aos valores olímpicos. Foi expressada grande satisfação, apesar dos desafios ligados à pandemia, porque os Jogos alcançaram mais de três bilhões de pessoas em audiência de TV, além de mais 28 bilhões de visualizações de vídeo nas plataformas digitais dos parceiros de transmissão olímpica. Esses foram os jogos mais engajados e mais assistidos de todos os tempos.
Os participantes da Cúpula Olímpica foram informados sobre os últimos preparativos antes da realização dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022, que serão o início de uma nova era de esportes de inverno a nível mundial. A Resolução da Trégua Olímpica, que foi consenso entre todos os 193 estados-membros da ONU, foi muito celebrada por demonstrar o forte apoio à realização dos Jogos. A cúpula também reiterou a oposição a qualquer politização do esporte, enfatizando a necessidade de neutralidade política do COI e de todo o Movimento Olímpico.
Os Jogos de Paris 2024 serão os primeiros a serem totalmente beneficiados pelas reformas da Agenda Olímpica 2020. Portanto, serão sustentáveis, inclusivos, urbanos e voltados para os jovens. O comitê organizador ambiciona que esses sejam os primeiros Jogos de caráter positivo para o clima. O programa inicial para Los Angeles 2028 também foi bem recebido pelos participantes, com 28 esportes inclusos.
Foi feita uma análise positiva da primeira edição da Série Olímpica Virtual em 2021, que reuniu esportes virtuais de cinco federações internacionais e atingiu cerca de 250 mil pessoas, com mais de dois milhões de inscrições. A cúpula observou que esse evento tem força o suficiente para ser realizada em base anual, fornecendo oportunidades para a promoção dos esportes e o alcance de novas comunidades ao redor do globo. Os detalhes da edição de 2022 serão confirmados no primeiro semestre do ano que vem.
Cúpula Olímpica discorre sobre temas relacionados à boa governança
Foi observado durante a reunião o sucesso da quarta edição do Fórum Internacional para Integridade Esportiva, realizado no mês de novembro. Representantes do Movimento Olímpico, governos, agências intergovernamentais, entidades de apostas e outros especialistas estão fortalecendo sua cooperação na luta contra a corrupção, a fim de proteger a credibilidade e integridade do esporte, principalmente através da Parceria Internacional Contra a Corrupção no Esporte (IPACS).
A cúpula deu as boas-vindas ao novo Memorando de Entendimento (MoU) entre o COI e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). O objetivo é combater a corrupção e o crime no esporte, com foco especial na prevenção do crime juvenil, da violência e do uso de drogas por meio do esporte.
A Cúpula Olímpica celebrou as reformas de governança que foram realizadas na Agência Mundial Antidopagem (WADA), acordadas pelo conselho da fundação também em novembro. As reformas aumentam a representação de atletas, membros independentes e organizações nacionais antidopagem dentro da WADA. O programa antidoping adotado como modelo para Tóquio 2020 teve um ótimo desempenho e servirá como base para os próximos anos.
A Cúpula deu as boas-vindas à plena delegação do sistema antidopagem do COI à Agência Internacional de Testes (ITA), para gerenciamento, e ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), para sanção. Isso evita qualquer percepção de conflito de interesses e aumenta muito a credibilidade do processo.
Participaram da 10ª edição da Cúpula Olímpica o presidente Thomas Bach; os vice-presidentes do COI Zaiqing Yu, Ser Miang Ng, John Coates e Nicole Hoevertsz; os membros do conselho executivo Emma Terho, presidente da comissão de atletas, Nenad Lalovic, presidente de uma federação olímpica de esportes de verão, e Ivo Ferriani, presidente da AIOWF; os representantes das federações internacionais Husain Al-Musallam, da FINA, Sebastian Coe, da World Athletics, Jan Dijkema, da ISU, Johan Eliasch, da FIS, Gianni Infantino, da FIFA, Luc Tardif, da IIHF, e Morinari Wataname, da FIG; os Comitês Olímpicos Nacionais da China, com Gou Zhongwen, dos Estados Unidos, com Susanne Lyons, e Stanislav Pozdnyakov, da Rússia.
Robin Mitchell, presidente da ANOC, Andrew Parsons, presidente do IPC, Francesco Ricci Bitti, da ASOIF, Mustapha Berraf, da ANOCA, Spyros Capralos, da EOC, Neven Ilic, da Panam Sports, Randhir Singh, da OCA; Witold Banka, da WADA, Valérie Fourneyron, da ITA, e David Lappartient, da UCI.