Setor esportivo movimenta R$ 183,4 bilhões e reforça papel da Lei de Incentivo ao Esporte

Setor esportivo movimenta R$ 183,4 bilhões e reforça papel da Lei de Incentivo ao Esporte

Números foram apresentados em levantamento inédito realizado por entidades esportivas. Estudo do Ministério do Esporte confirma que investir em esporte é investir no Brasil.

Fonte Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte
São Paulo, 11 de julho de 2025

Com dados inéditos sobre o impacto econômico do setor, o relatório divulgado pelo Governo Federal reforça a urgência de políticas públicas perenes e dá novo fôlego à defesa da Lei de Incentivo ao Esporte.

A seguir, reproduzimos a reportagem na íntegra, publicada pela assessoria de comunicação do Ministério do Esporte, por entendermos que se trata de uma contribuição técnica de alto valor para o planejamento e a gestão esportiva nos municípios brasileiros.

O setor esportivo brasileiro movimentou R$ 183,4 bilhões em 2023, o equivalente a 1,69% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, superando até mesmo o percentual da área cultural, que foi de 1,55%. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (26), no Rio de Janeiro, durante o lançamento de um estudo inédito conduzido pela organização Sou do Esporte, com apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e outras entidades.

Os números evidenciam o peso do esporte na economia e podem embasar a permanência da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE), mecanismo de renúncia fiscal do Governo Federal que permite a destinação de parte do imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas para projetos esportivos.

De acordo com o estudo, a cada R$ 1 investido por meio de recursos públicos no setor, há um retorno de R$ 12 para a economia. O levantamento englobou desde a prática esportiva por razões de saúde e lazer até o esporte de alto rendimento.

“O dinheiro injetado no esporte não é despesa é investimento e não possui apenas retorno social, mas também retorno econômico.”

“O dinheiro injetado no esporte não é despesa é investimento e não tem apenas retorno social, mas também retorno econômico. Tem impacto na vida das pessoas, na carreira dos atletas, na saúde, mas também no valor do PIB. Sendo o PIB do Esporte maior que o PIB da Cultura, isso traz um divisor de águas na construção das políticas públicas e nos investimentos no esporte. É um balizador, um trabalho muito importante”, afirmou o secretário nacional de Apostas Esportivas e Desenvolvimento Econômico, do Ministério do Esporte, Giovanni Rocco, que representou a pasta durante a apresentação do documento.

A presidente do Sou do Esporte, Fabiana Bentes, responsável pelo estudo, reforçou a relevância do levantamento como ferramenta para orientar políticas públicas e atrair o setor privado. “É um marco para o Brasil em termos de entendimento sobre o que de fato o esporte pode gerar em termos econômicos. É claro, é legítimo que o esporte é inclusão social, mas inclusão social só é feita com seriedade e com resultados a partir de muito investimento. O PIB hoje clareia todo o sistema desportivo, o sistema público, a iniciativa privada clareia o valor que o esporte tem, por isso nessa análise nós conseguimos concluir que a cada 1 real do investimento público do esporte retorna 12 reais. Isso é a comprovação do que todo mundo acreditava”, afirmou.

O relatório também detalhou os segmentos que mais contribuíram para a composição do PIB do esporte em 2023:

  • Comércio de artigos esportivos: 52%
  • Atividades recreativas: 25%
  • Indústria: 13%
  • Mídia e publicidade: 7%

O estudo reforça o papel estratégico do esporte como vetor de desenvolvimento econômico e social, evidenciando a importância de ampliar os investimentos na área, além de garantir a continuidade de políticas públicas como a Lei de Incentivo ao Esporte.

“Ao traduzir o esporte em números, o relatório oferece aos formuladores de políticas e investidores uma nova perspectiva: o esporte não é apenas entretenimento, mas um ativo estratégico para a economia”, completou Fabiana Bentes.

O relatório PIB do Esporte Brasileiro, utilizou para base dados oficiais, como da Receita Federal, IBGE, CNPJs setoriais e órgãos de fomento, além da coleta de dados em bases públicas e através de questionários enviados para instituições esportivas. Também foram somados os dados da Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB), Lei de Incentivo ao Esporte, Secretarias e Ministério, e da Loteria Federal.

Investir em esporte é investir em desenvolvimento

O levantamento divulgado pelo Ministério do Esporte é um divisor de águas para todos nós que atuamos na formulação, articulação e execução de políticas públicas esportivas. Pela primeira vez, o esporte brasileiro é quantificado com clareza em sua magnitude econômica, deixando de ser percebido apenas como ferramenta social e passando a ocupar o lugar que merece como setor produtivo, gerador de emprego, renda e oportunidades.

“Diante da relevância do estudo, a Asemesp – Associação das Secretarias Municipais de Esporte do Estado de São Paulo – manifesta publicamente seu posicionamento institucional. A seguir, reproduzimos a íntegra da fala do presidente da entidade, professor Tom Moisés.

Ao demonstrar que o esporte representa 1,69% do PIB nacional, superando até mesmo o índice da cultura, o estudo chancela aquilo que a Asemesp sempre defendeu: investir em esporte é investir em desenvolvimento. Cada real público aplicado retorna R$ 12 à economia, e isso precisa ser internalizado por gestores, legisladores e pelo setor privado.

Nos municípios, onde o esporte pulsa na base da pirâmide, esse tipo de dado é fundamental para sensibilizar prefeitos e câmaras municipais sobre a urgência de ampliar os investimentos e garantir a manutenção de programas e estruturas esportivas. A Lei de Incentivo ao Esporte, que tantas vezes salva projetos da extinção, precisa ser fortalecida, desburocratizada e democratizada.

Como presidente da Asemesp, reafirmo nosso compromisso de levar essas evidências ao debate estadual e nacional, buscando o reconhecimento técnico e orçamentário que o esporte municipal merece. O esporte é, sim, inclusão, mas é também potência econômica. Está na hora de tratá-lo como tal.”

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