Universidade da Pensilvânia bane atletas trans de esportes femininos e anula feitos de Lia Thomas

Universidade da Pensilvânia bane atletas trans de esportes femininos e anula feitos de Lia Thomas

Em meio ao endurecimento das políticas federais nos EUA, instituição reverte títulos e pede desculpas a nadadoras cujos recordes foram superados pela atleta trans.

Por SportsIn
Adaptação Paulo Pinto / Global Sports
Curitiba, 9 de julho de 2025

A Universidade da Pensilvânia firmou um acordo com o Departamento de Educação dos Estados Unidos que proíbe a participação de atletas transgênero em equipes femininas e determina a anulação dos resultados obtidos por Lia Thomas, ex-nadadora da instituição. A medida encerra uma investigação federal sobre o cumprimento do Título IX pela universidade e reflete a guinada conservadora do governo Donald Trump, cujas diretrizes vêm influenciando outras nações — embora, em muitos casos, com mais moderação do que no episódio atual.

Assinado na terça-feira, o acordo responde à resolução do Departamento de Educação, que havia aberto uma investigação após a participação de Thomas, primeira atleta trans a vencer um campeonato nacional da Divisão I da NCAA. Entre as determinações, a universidade deverá restaurar os títulos e recordes das nadadoras cujas marcas foram superadas por Thomas, além de emitir cartas personalizadas com pedidos formais de desculpas às atletas afetadas.

O caso Lia Thomas e a reação institucional

Lia Thomas integrou por uma temporada a equipe feminina de natação da Universidade da Pensilvânia, após competir durante três anos no time masculino. Em sua passagem pelo feminino, estabeleceu novos recordes universitários em provas como 100, 200, 500, 1.000 e 1.650 metros livre — além de conquistar o título nacional nos 500 metros livre em 2022.

Contexto político e repercussões federais

A decisão da Universidade da Pensilvânia ocorre em meio a um rigor crescente nas políticas norte-americanas sobre a presença de atletas trans em categorias femininas. O presidente Donald Trump tem defendido restrições severas à participação de mulheres trans em competições femininas e, em maio, impôs sanções econômicas ao estado da Califórnia por autorizar uma atleta trans a disputar um campeonato estadual.

A secretária de Educação, Linda McMahon, celebrou o acordo: “Graças à liderança do presidente Trump, a UPenn se comprometeu a pedir desculpas por suas violações ao Título IX e a proteger o esporte feminino para as futuras gerações.”

O reitor da universidade, J. Larry Jameson, classificou a situação como “complexa” e disse estar satisfeito com o encerramento da investigação. Em nota oficial, reiterou o compromisso da instituição com um ambiente respeitoso e inclusivo, ao mesmo tempo em que destacou a necessidade de atender às exigências federais e cumprir os regulamentos da NCAA e da Ivy League.

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